E-book sobre violência nas escolas divulga estudos e medidas de prevenção

Diante da onda de atentados e violência nas escolas, o programa de educação socioemocional LIV (Laboratório Inteligência de Vida) publicou orientações preventivas e de apoio para auxiliar a comunidade escolar.

A publicação “Violência contra as escolas: estratégias de prevenção e estímulo à convivência” foi feita no formato e-book e está disponível gratuitamente.

O principal objetivo foi contextualizar o complexo cenário que está invadindo as escolas do Brasil e do mundo.

O programa educacional ressalta, em sua introdução, que abordar as questões de violência nas escolas é uma ação necessária.

Além disso, a publicação aborda a profundidade do tema, que envolve vivências sociais, experiências escolares, desenvolvimento emocional e comportamento.

Em entrevista ao portal da Agência Brasil, a supervisora pedagógica do programa, Thauanne Rocha, reforçou que o livro digital “tem o objetivo de pensar a percepção sobre o fenômeno da violência, porque é algo muito complexo”.

Nos últimos 21 anos, o Brasil sofreu 23 ataques em escolas brasileiras. Uma parcela desses crimes foi cometida por alunos e ex-alunos das unidades escolares atacadas.

No Brasil, casos do tipo só começaram a acontecer a partir dos anos 2000, mas os Estados Unidos os crimes em escolas já vêm de décadas atrás, o que levou autoridades do país a estabelecer discussões e medidas de segurança.

O livro digital do LIV aborda esses e outros dados disponibilizados por institutos e universidades para destacar que é importante observar os estudantes e promover um ambiente escolar acolhedor.

Tanto professores quanto familiares podem ser uma rede de apoio para evitar situações de agressão ou tragédias com vítimas fatais nas escolas.

Rocha reafirma na entrevista que todos que convivem com os alunos dentro e fora da escola fazem parte da comunidade escolar e podem ser referenciais de acolhimento, de escuta e de comunicação.

Violência nas escolas: medidas de prevenção

É importante perceber sinais, estar atento aos interesses e às mudanças de comportamento de crianças e adolescentes já que essas indicações comportamentais e emocionais aparecem em todas as faixas etárias da vida escolar.

Assim, Rocha também pontua que a comunicação nem sempre será feita de forma verbal.

A primeira medida deve ser definir ações de identificação e prevenção no ambiente escolar. A escola deve estruturar medidas coletivas, além de discutir pautas sociais que valorizem a diversidade e os direitos humanos.

Da mesma forma, é indicado criar espaços de diálogo para abordar questões de saúde mental sobre empatia, ansiedade e sensação de angústia.

Além dos dados sobre o tema, o e-book tem diversas sugestões de atividades, dinâmicas e atividades de leitura que podem ajudar na formação do estudante e do professor. Outra dica é que todos os fatos e as notícias da internet devem ser verificados.

Por fim, o e-book orienta que a segurança e a saúde socioemocional dos estudantes são uma ação coletiva que envolve a participação de toda a comunidade escolar, como gestão, alunos, professores e famílias para que a escola seja um lugar de convívio e acolhimento.