É café mesmo? Produtos fakes invadem os supermercados – aprenda como se proteger de imitações

Com a alta do preço do café, cresce a oferta de produtos de qualidade duvidosa que podem enganar o consumidor.

Muitos consumidores têm buscado alternativas mais econômicas diante do aumento dos preços do café. No entanto, é preciso cautela ao escolher produtos com preços excessivamente baixos.

Algumas mercadorias podem indicar não apenas qualidade inferior, mas até mesmo fraudes. Diversas opções disponíveis no mercado tentam se passar por café, utilizando ingredientes não regulamentados.

Essas imitações, muitas vezes, incluem bebidas à base de outros grãos, como cevada e milho. A legislação é clara: a designação “café” deve ser utilizada apenas para produtos compostos exclusivamente por grãos de café.

Portanto, itens que se intitulam café, mas são feitos de outros ingredientes, são problemáticos. As marcas Superbom e Kodilar são exemplos de empresas que desrespeitam essa norma.

Irregularidades no mercado de café

Superbom e Kodilar comercializam cevada torrada e moída em embalagens semelhantes às de café, o que pode confundir o consumidor. Além disso, a Superbom oferece uma versão feita apenas de milho, enquanto seu site descreve um produto de cevada como “café de cevada”.

Essas práticas enganosas são um alerta para os consumidores.

Bebidas sabor café ou produtos piratas?

Outro caso que chamou atenção é o da marca Oficial do Brasil. Seu produto é rotulado como “pó para preparo de bebida à base de café”, uma categoria ainda não reconhecida oficialmente.

A lista de ingredientes inclui polpa de café, um resíduo cujo uso não é permitido e que pode conter impurezas.

Café “pirata” e bebidas semelhantes são um perigo para o consumidor. (Imagem: Reprodução/UOL)

Desconfiança e consequências para o consumidor

Infelizmente, as falsificações de café não se limitam a esses casos. O produto Melissa, por exemplo, tenta imitar marcas conhecidas ao utilizar embalagens semelhantes e destacar a palavra “tradicional”. Contudo, trata-se de uma mistura de café, polpa e aromatizantes sintéticos.

Ao contrário de produtos como compostos lácteos ou óleos compostos, os chamados “cafés fake” não têm regulamentação. Isso gera insegurança e possíveis prejuízos para os consumidores e, por isso, produtos excessivamente baratos devem ser encarados com desconfiança.

Como se proteger

Ao adquirir café, verifique atentamente o rótulo e a composição do produto. Desconfie essencialmente de preços muito baixos e procure sempre entender os ingredientes listados.

Produtos que utilizam milho ou cevada como base não são café e podem ser comparados a chamar vidro de diamante.

Também vale destacar a importância de analisar tabelas nutricionais e listas de ingredientes, uma prática que ajuda a fazer escolhas mais conscientes e informadas. Lembre-se de que fabricantes podem alterar ingredientes, então revisite rótulos periodicamente.

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