É oficial: governo regulamenta o alistamento feminino nas Forças Armadas

As regras são semelhantes às do alistamento para homens, mas com divergências importantes.

Durante as comemorações pelos 25 anos de existência do Ministério da Defesa, foi lançada pelo governo federal a regulamentação do alistamento feminino para as Forças Armadas.

Na ocasião, ocorrida na quarta-feira (28), estavam presentes o ministro da Defesa, José Múcio, e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. A regulamentação foi publicada no Diário Oficial da União em forma de decreto.

Detalhes das novas regras

O novo decreto prevê que o alistamento feminino é voluntário e, uma vez feito, segue para seleção e incorporação.

As mulheres poderão declinar de sua decisão até serem incorporadas. Depois disso, não são aceitas desistências.

O período de alistamento será de janeiro a junho do ano em que a interessada completar 18 anos, nos municípios eleitos pelas Forças Armadas, em conjunto com o Ministério da Defesa.

O documento dispõe que o processo de alistamento, seleção e incorporação deve seguir as regras já estabelecidas e utilizadas no alistamento masculino, que é obrigatório.


Agora as jovens que sonham com a carreira militar poderão ingressar na área – Imagem: reprodução

Durante a etapa de seleção, as mulheres alistadas serão avaliadas sob os critérios psicológico, físico, cultural e moral, além de passarem por uma inspeção de saúde.

Tal inspeção é fundamental para apurar se a pessoa tem aptidão física para desempenhar o serviço militar em sua plenitude.

As Forças Armadas e o ministério da Defesa garantem que o decreto segue as predisposições das leis que regulamentam o serviço militar no país, estabelecida em 1964, e o estatuto militar, instituído em 1980. Ele também obedece às regras de proteção a mães gestantes e adotantes.

Aquelas que se alistarem e não comparecerem às demais etapas de incorporação aos quadros das Forças Armadas serão consideradas desistentes.

Por fim, o decreto determina que quando desligadas do serviço militar, as mulheres passam a integrar a reserva não remunerada das Forças Armadas, além de não ter a estabilidade garantida no exercício de suas funções.

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