Educação global precisa de 44 milhões de professores até 2030
Relatório da Unesco aponta falta de 44 milhões de professores no mundo.
A educação mundial enfrenta um desafio colossal: a carência de 44 milhões de professores para atender à demanda por cidadania intelectual global.
Conforme o relatório da Unesco, essa necessidade afeta todos os continentes, com destaque para a África Subsaariana e o Sul Asiático.
O levantamento, divulgado em outubro, mês em que se celebra o Dia do Professor, também revela a deficitária situação da América Latina e Caribe.
Para superar esse desafio, a Unesco propõe formar milhões de novos professores até 2030, alinhando-se aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
A presidente da Fundação ArcelorMittal, Tatiana Nolasco, destaca a importância de fortalecer a formação continuada entre escolas e docentes.
Unesco sugere aumentar o investimento em educação – Imagem: reprodução
Principais carências regionais
O relatório da Unesco enfatiza que, na África Subsaariana e no Sul Asiático, o déficit é ainda mais acentuado, em parte devido às condições socioeconômicas desafiadoras.
Mas, na América Latina e Caribe, a situação também é preocupante, com um déficit significativo de 3,2 milhões de professores. Esses números ressaltam a necessidade urgente de investimentos em educação nessas áreas.
Dificuldades no setor educacional
Além da carência de professores, a Unesco chama a atenção para a alta taxa de abandono entre educadores do ensino primário.
A taxa passou de 4,62% em 2015 para 9,06% em 2022, devido a fatores como más condições de trabalho e baixos salários.
Outro problema identificado é a disparidade salarial, pois apenas metade dos países pesquisados oferece salários equivalentes aos de outras profissões de nível similar.
Isso contribui para a desvalorização do magistério e a evasão de profissionais.
Medidas propostas para reverter o cenário
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Investir mais na formação inicial e contínua de professores;
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Programas de mentoria para colaboração entre professores experientes e iniciantes;
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Melhoria nos salários e planos de carreira para os educadores e demais profissionais da área.
Tais medidas visam não apenas suprir a demanda por professores, mas também valorizar a profissão e melhorar as condições de trabalho. Acredita-se que, assim, seja possível alcançar os objetivos educacionais propostos.
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