Elemento que existe na Terra e em Marte está 'enferrujando' a Lua; entenda

O composto foi encontrado pela sonda lunar Chandrayaan-1, enviada pela agência espacial indiana ao satélite natural recentemente.

Nosso satélite natural – a Lua – vem sendo explorado minuciosamente desde a chamada corrida espacial entre os EUA e a antiga União Soviética.

Nesse contexto histórico, os EUA venceram a corrida e conseguiram enviar o primeiro homem à lua e uma frase marcante desse marco científico foi “um pequeno passo para o homem, mas um grande passo para a humanidade”.

Ao longo dos anos e do avanço da ciência, que anda lado a lado com a tecnologia, a Lua continuou sendo explorada. Com isso, nós descobrimos muitas das suas características.

É possível saber, por exemplo, que, assim como a Terra, a Lua tem camadas interiores que se assemelham a nosso núcleo, manto e crosta. Assim como o planeta azul, o satélite natural é rochoso.

Além das rochas, o objeto celestial em questão é formado por minerais e sua crosta contém elementos como o alumínio, o oxigênio, o ferro e o magnésio. Neste ponto, é importante citar que uma das diferenças é que lá não há uma camada atmosférica protetora.

O elemento em comum entre os planetas e o satélite natural

As descobertas sobre a Lua não param por aí, o elemento responsável pela pigmentação vermelha do nosso vizinho Marte foi encontrado na superfície lunar. Acontece que esse elemento, que é a hematita, se desenvolve por causa das reações com o ar e a água.

(Imagem: Shuai Li/University of Hawaii)

Entre tantas semelhanças citadas, você pode reparar que não houve nada mencionando ar e água na Lua, logo, a presença da hematita é um verdadeiro enigma para os cientistas.

O cientista planetário da Universidade do Havaí em Manoa Shuai Li ressalta que o ambiente lunar é terrível para a formação da hematita.

O hidrogênio deveria agir como um agente redutor desse elemento, mas como isso não está acontecendo, a Lua está enferrujando! Em outras palavras, isso significa afirmar que a Lua está passando por um processo de oxidação.

Como os cientistas descobriram a oxidação da Lua?

A hematita lunar foi identificada graças à sonda espacial indiana Chandrayaan-1, que carrega um instrumento chamado Moon Mineralogy Mapper (M3).

O M3 utiliza imagens espectroscópicas para examinar detalhadamente os minerais na superfície da Lua. Com isso, Li e sua equipe conseguiram detectar a presença de gelo nos pólos lunares em 2018.

Enquanto analisavam esses dados das regiões polares, eles notaram padrões espectrais que diferiam do que era esperado.

Intrigado, Li começou a investigar se reações entre água e rochas poderiam estar ocorrendo na Lua. Após um período de pesquisa, ele identificou a assinatura espectral da hematita.

Curiosamente, a hematita é mais abundante no lado da Lua que sempre enfrenta a Terra. Ele então sugeriu que isso poderia estar ligado à Terra, possivelmente pelo fato de o oxigênio da atmosfera superior ter sido transportado para a superfície lunar através do vento solar.

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