Em meio ao conflito armado, governos de Israel e Palestina enfrentam ataque hacker; saiba mais

O que fica oculto em uma guerra repleta de armas de fogo, mísseis, tanques e drones? Os computadores também são uma ferramenta para ir ao combate.

Os conflitos entre Israel e o grupo terrorista Hamas evoluíram para uma guerra cibernética, na qual grupos de hackers estão realizando ataques direcionados tanto contra o governo israelense quanto contra instituições palestinas.

Julian B, especialista em cibersegurança, conduziu um monitoramento detalhado e criou uma linha do tempo que destaca as atividades de diversos hackers durante o conflito, que começou no último sábado (7).

De acordo com suas investigações, até o momento, foi possível identificar a atuação de grupos como o ThreatSec (afiliação desconhecida), o Anonymous Sudan (aliado da Rússia), o Killnet (aliado da Rússia) e o Cyber Av3ngers (aliado do Irã).

Esses grupos têm desempenhado um papel significativo na guerra cibernética em curso, refletindo a complexidade e a internacionalização do conflito na era digital.

Ataques hackers identificados

Julian B identificou o primeiro ataque registrado, que foi realizado pelo Anonymous Sudan. Nesse ataque, a célula do grupo direcionou seus esforços para os sistemas de alerta de emergência de Israel e o jornal Jerusalem Post.

Os Cyber Av3ngers escolheram como alvos duas empresas envolvidas na rede elétrica de Israel. Enquanto isso, o grupo Killnet tentou invadir os sites do governo israelense.

Por fim, o Ghosts of Palestine convidou hackers a atacarem infraestruturas privadas do governo judeu e dos Estados Unidos.

Para o especialista em cibersegurança, o lado favorável aos israelenses também contou com o envolvimento de grupos como o ThreatSec, que alegou ter comprometido uma infraestrutura de internet na Faixa de Gaza.

Hackers ativistas indianos anunciaram que realizaram ataques contra sites palestinos. Os grupos Garuna e TeamHDP declararam publicamente na internet que estão direcionando seus ataques às páginas do Hamas e da Universidade Islâmica de Gaza.

Essa troca de ataques cibernéticos entre os lados envolvidos nos conflitos reflete a natureza complexa e multifacetada das guerras cibernéticas contemporâneas, em que grupos de hackers de diferentes partes do mundo podem se envolver em ações em apoio a diferentes atores.

A cibersegurança e a proteção de infraestruturas digitais tornam-se, portanto, elementos cruciais em cenários de conflito como esse. Afinal, durante uma guerra, computadores também são armas.

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