Estudo aponta que escolhemos nossos amigos pelo cheiro; entenda!
Equipe de pesquisadores israelenses acredita que avaliamos subconscientemente o cheiro para iniciar amizades.
É de conhecimento geral que os animais se atraem pelo odor, mas você já parou para pensar se nós também escolhemos os amigos pelo cheiro? Foi justamente isso que um grupo de pesquisa de Israel investigou e, como resultado, foi observado que pessoas com odores corporais similares são mais propensas a se tornarem amigas à primeira vista. Continue a leitura e entenda melhor essa novidade.
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Os cheiros e nossas escolhas nas relações
A amizade à primeira vista não é algo raro. Nesse sentido, pesquisadores israelenses estão cada vez mais perto de entender exatamente como isso ocorre. De acordo com um estudo publicado no final do mês de junho na revista Science Advances, os amigos que se dão bem rapidamente possuem cheiros semelhantes.
Como a investigação sobre os odores foi realizada?
A primeira etapa do estudo usou um nariz eletrônico no intuito de analisar as roupas de 20 pares de amigos. Anteriormente, as pessoas analisadas foram orientadas a dormirem sozinhas, não comerem nada com odor muito forte e tomarem banho somente com sabonete sem cheiro.
Todos os participantes da pesquisa usaram uma camiseta por pelo menos seis horas à noite durante uma semana. Inicialmente as camisetas foram separadas e congeladas, e só depois foram analisadas pelo nariz artificial, que identificou as similaridades.
Depois, os voluntários foram recrutados para comparar os cheiros. A partir disso, os cientistas descobriram que os “amigos de cliques” que se deram bem de forma instantânea apresentaram estatisticamente mais assinaturas de odor semelhantes do que os não amigos.
Em outras palavras, o estudo verificou que os valores objetivos obtidos com o nariz artificial correspondiam às avaliações subjetivas dos amigos e, além disso, pares de amigos podem ter cheiros mais parecidos do que os pares de estranhos selecionados aleatoriamente.
Quem perde o olfato pode ter problemas de socialização
Os achados deste trabalho são concordantes com estudos que já revelaram que as pessoas que perdem o olfato possuem deficiências sociais, e que aquelas no espectro autista apresentam a interpretação dos sinais químicos de cheiros produzidos pelo corpo humano prejudicada.
Dessa forma, os autores destacaram que essa descoberta é importante porque proporciona uma compreensão mais aprofundada do comportamento humano, e também pode nortear novos caminhos baseados no olfato para intervir no declínio das relações sociais.
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