Especialistas cobram psicólogos e assistência social nas escolas
A Comissão da Educação da Câmara discutiu pontos importantes acerca do sistema de ensino visando melhorar a estrutura educacional.
Durante uma audiência pública na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, especialistas defenderam que psicólogos e assistentes sociais que atuam em escolas sejam classificados como profissionais da educação.
A obrigatoriedade da contratação de psicólogos e assistentes sociais nas escolas, estabelecida pela Lei 13.935/19, previa que as instituições de ensino deveriam realizar as contratações até um ano após sua entrada em vigor, a partir de 2020.
No entanto, esse foi um projeto que a pandemia de Covid-19 também adiou. Na Comissão, os especialistas argumentaram que esses profissionais devem ter uma formação específica para atuar na área educacional.
A discussão foi solicitada pelo deputado Rafael Brito (MDB-AL) e teve como objetivo abordar a implementação da lei prevista em 2019, que torna obrigatória a contratação desses profissionais em todas as redes públicas de ensino básico.
Raquel Guzzo, integrante do Conselho Federal de Psicologia, destacou, durante a audiência pública na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, que a formação específica para atuar na área educacional é essencial para psicólogos e assistentes sociais que trabalham em escolas.
A atuação de psicólogos e assistentes sociais em escolas requer uma formação específica que considere os contextos educacionais e políticas educacionais.
Guzzo ressaltou a importância de não simplesmente alterar a prática clínica para o ambiente escolar. Segundo ela, é fundamental compreender as particularidades do contexto educacional para uma atuação adequada.
Para a especialista, apenas 85 municípios cumpriram a legislação até o momento.
Lei encontra dificuldade para ser estabelecida devido ao orçamento
De acordo com Alessio Lima, vice-presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), um dos principais desafios para a efetivação da lei é o orçamento necessário para o pagamento dos novos profissionais.
Ele ressaltou que cerca de 50% das escolas de educação básica são municipais e que mais de 1.200 municípios têm uma população inferior a 5 mil habitantes, sendo que alguns possuem menos de mil alunos em suas redes de ensino.
Essa questão orçamentária tem sido um entrave para a contratação de psicólogos e assistentes sociais nas escolas, conforme previsto pela lei.
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