Estudos finalmente explicam o porquê meteoritos são magnéticos; veja
Após anos de estudo, pesquisadores finalmente conseguem comprovar e entender o porquê os meteoritos podem conter campos eletromagnéticos.
Uma nova descoberta foi publicada no último dia 31 julho, a qual mostra que a colisão de asteroides com muito ferro em sua composição pode gerar um campo magnético temporário nos fragmentos.
A descoberta foi feita pelos pesquisadores da Universidade Yale, e lança luz sobre a presença de traços de magnetismo em meteoritos metálicos. A novidade traz respostas para o motivo de pesquisadores encontrarem magnetismo nesses meteoritos — um mistério antigo na astronomia.
No estudo, conduzido por Zhongtian Zhang e David Bercovici, publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, as simulações foram feitas por computadores, a fim de analisar colisões entre asteroides.
Saiba mais sobre os estudos da colisão de asteroides
Os pesquisadores notaram que, após o choque e fragmentação de dois asteroides ferrosos, alguns pedaços formam um núcleo interno frio, envolto por rocha mais quente.
Esse processo de transferência térmica, junto da constante movimentação, seria o suficiente para ativar um dínamo.
Assim, é gerado um campo magnético que poderia durar milhões de anos. E esse pode ser o motivo de astrônomos detectarem o magnetismo, independentemente do tempo após a colisão.
(Imagem: divulgação)
A descoberta revoluciona a compreensão da formação e evolução de asteroides e meteoritos metálicos.
Além disso, explica por que alguns pedaços de meteoritos encontrados na Terra possuem campo magnético — como o caso do IVA, que era um mistério, até agora.
Entenda o que é um dínamo
Acima, falamos um pouco sobre o conceito de um dínamo – que é o causador da corrente magnética nos meteoritos e asteroides.
Na realidade, um dínamo nada mais é que um gerador de eletricidade — ele transforma a energia mecânica em elétrica.
Apesar de ser um aparelho, baseia-se no eletromagnetismo de algo que gira em torno de um campo magnético. A variação desse campo gera corrente elétrica.
No caso dos asteroides, acontece esse efeito no choque de rochas, derretendo uma camada perto da superfície, o que pode levar ao esquentamento do núcleo.
Assim, elementos mais leves evaporam e vão em direção à superfície, que esfria o entorno — isso cria um movimento de convecção, igual ao de um dínamo fabricado artificialmente.
Comentários estão fechados.