Cigarro com menor quantidade de nicotina pode ajudar a parar de fumar

Recentemente descobriu-se que diminuir a nicotina nos cigarros para níveis menores, capazes de não desencadearem a dependência, pode reduzir o número de consumo de cigarros e demais produtos que possuem a presença do tabaco, sem arriscar a saúde mental do indivíduo.

As informações procedem de uma pesquisa desenvolvida pelos pesquisadores da Penn State College of Medicine e Harvard Medical School.

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Conforme a ideia fornecida pelos pesquisadores, a redução de nicotina nos cigarros pode auxiliar o viciado a diminuir a exposição a substâncias tóxicas e elevar ainda mais as chances de parar de fumar.

Até o dia de hoje, o tabaco continua a ser a principal causa evitável de mortes precoces e doenças no território norte-americano. Sendo assim, novas pautas referentes a limitar a quantidade de nicotina nos cigarros passaram a ser desenvolvidas, chegando ao ponto de se encontrar níveis minimamente viciantes.

Os projetos estão partindo da “Food and Drug Administration” dos EUA, bem como do governo da Nova Zelândia.

Embora a ideia possa parecer incrivelmente maravilhosa, ainda não há grandes comprovações relacionadas ao fato de que reduzir a nicotina no cigarro pode auxiliar os fumantes positivamente, uma vez que há dúvidas sobre como as pessoas que possuem transtornos afetivos, como depressão e ansiedade, grupo esse que compõe 38% da população dos Estados Unidos, reagirão a essa mudança.

Jonathan Foulds, um professor de ciências de saúde pública e de psiquiatria e saúde comportamental, comentou que, a maioria dos fumantes que possuem algum problema relacionado à saúde mental tendem a ser mais suscetíveis aos sintomas graves, por exemplo, abstinência de nicotina, bem como menos sucesso em sair do vício.

Em meio ao processo de estudo, os pesquisadores em questão chegaram a estudar 188 fumantes na pesquisa, os quais tinham em suas fichas ou chegavam a apresentar alguma espécie de transtorno de humor, ansiedade e que não possuíam nenhum plano de parar de fumar.

A experiência foi desenvolvida com participantes voluntários, escolhidos de forma totalmente aleatória e divididos em dois grupos. Um grupo recebeu cigarros produzidos pelos pesquisadores, com pouca nicotina, e o outro recebeu cigarros possuindo uma quantidade usual de nicotina.

Logo de cara, os pesquisadores resolveram medir os níveis de cotinina, um metabólito que pertence à nicotina, além de níveis de substâncias químicas nocivas e índices de dependência, bem como algumas medidas ligadas a saúde mental.

Não foi encontrada nenhuma diferença no que diz respeito à saúde mental do indivíduo em ambos os grupos.

De acordo com Foulds, pesquisador do Penn State Cancer Institute, isso foi um grande passo:

“Nossos dados mostraram que não houve uma diferença significativa nas medidas de saúde mental entre os grupos, sugerindo que a redução de cigarros de nicotina pode não ter efeitos psicológicos adversos nessa população”.