EUA proíbem corante vermelho polêmico – por que ele ainda é permitido no Brasil?

FDA proíbe uso de corante vermelho nº 3 em alimentos e medicamentos nos Estados Unidos devido a possíveis riscos à saúde.

A Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos anunciou a proibição do uso do corante vermelho nº 3 em alimentos e medicamentos vendidos no país. Essa decisão baseia-se em estudos que indicaram a ligação da substância com o desenvolvimento de câncer em animais de laboratório.

Embora a relação entre o uso do corante e o câncer em humanos não seja a mesma, a medida visa à precaução e segurança dos consumidores. A substância, também conhecida como eritrosina, é amplamente utilizada para conferir a cor vermelho-cereja a diversos produtos no mercado.

O corante é de origem petroquímica e pode ser encontrado em uma variedade de alimentos, incluindo doces, bolos e sobremesas congeladas.

Essa substância ainda é utilizada em produtos comercializados no Brasil, apesar de já ter sido banida em países como Austrália e Japão.

Histórico e regulamentação do corante vermelho nº 3

A decisão da FDA está amparada na Cláusula Delaney, uma emenda de 1960 que impede a permissão de aditivos alimentares ou de cor que induzem ao câncer. A legislação visa proteger a saúde pública e já foi aplicada em outras situações, como em 2018, quando a FDA revogou a autorização de certos sabores sintéticos.

Em outubro de 2023, a Califórnia foi pioneira ao banir o corante de seu território. A decisão agora é aplicada em âmbito nacional, com prazos definidos para que a indústria se adapte.

Fabricantes de alimentos nos EUA têm até 15 de janeiro de 2027, enquanto a indústria farmacêutica tem até 18 de janeiro de 2028 para retirar ou reformular seus produtos.

O banimento do corante vermelho nº 3 foi impulsionado por uma petição pública apresentada em 2022, a qual inclui estudos que demonstraram a presença de câncer em ratos de laboratório expostos a altos níveis do corante.

Essa evidência convenceu as autoridades a revisitar a regulamentação vigente e promover mudanças na legislação.

Impacto internacional e futuro

A proibição nos EUA pode influenciar decisões regulatórias em outros países, dada a crescente preocupação com a saúde pública. A reformulação de produtos será um desafio para as indústrias afetadas, mas também pode abrir oportunidades para o desenvolvimento de alternativas mais seguras e naturais.

você pode gostar também

Comentários estão fechados.