Existem detalhes sórdidos por trás da infidelidade conjugal, revela estudo
O levantamento, que foi feito pela Universidade Johns Hopkins, desafia todas as percepções convencionais sobre o assunto.
Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins conduziram um estudo com 2 mil usuários do site Ashley Madison, conhecido por atrair pessoas que estão em busca de relacionamentos extraconjugais.
A amostragem apontou que, diferentemente do que é visto em filmes e séries, a traição tem um pano de fundo bem diferente do que geralmente é abordado da ficção.
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Os resultados do estudo feito pela Johns Hopkins revelam opiniões surpreendentes e contraditórias em relação à infidelidade. Em geral, os participantes afirmaram amar seus cônjuges e avaliaram positivamente seus relacionamentos.
No entanto, eles também consideraram que a traição é satisfatória, sentiram pouco remorso e acreditam que sua infidelidade não prejudica o casamento. Esses achados desafiam a visão simplista que tínhamos sobre o assunto.
Mesmo relacionamentos bons podem ser afetados
Diferente do que se pensava, a pesquisa mostrou que relacionamentos insatisfatórios não são o único estímulo para a infidelidade. Os questionários aplicados aos usuários do Ashley Madison exploraram o estado do casamento, os motivos para buscar um amante e o bem-estar geral dos participantes.
O estudo descreve o usuário típico do site como um homem de meia-idade que ama sua esposa, mas não está satisfeito sexualmente. Buscar um caso extraconjugal é uma forma de tentar encontrar uma ‘variedade sexual’, além de independência nesse aspecto.
Após a traição, os participantes não relataram sentimentos de culpa, destacando a satisfação sexual e psicológica que encontraram em seus relacionamentos extraconjugais.
Há quem questione se esses participantes estariam em casamentos abertos, onde a infidelidade é permitida. No entanto, apenas 15% dos entrevistados relataram ter um relacionamento não monogâmico, e alguns até se contradiziam em suas respostas. Em sua maioria, os casamentos eram “abertos” apenas para o participante.
Por tudo isso, os pesquisadores concluíram que a infidelidade é um fenômeno complexo, cheio de nuances que vão além das concepções populares e até mesmo de pesquisas anteriores. Surpreendentemente, as pessoas podem trair mesmo quando seus relacionamentos estão em um bom momento.
A ‘dificuldade’ em manter exclusividade sexual ao longo da vida
Para Dylan Selterman, um dos autores da pesquisa, manter a monogamia e a exclusividade sexual ao longo da vida é extremamente difícil. Segundo ele, hoje em dia muitas pessoas consideram a monogamia como algo garantido apenas no início do casamento.
Dessa forma, Dylan explica que, para evitar traições é necessário algo mais do que apenas boa convivência ou estabilidade.
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