O Expressionismo
O Expressionismo foi um movimento artístico marcado por artistas que representavam a realidade a partir de seu ponto de vista, sem grandes preocupações com o que era ditado em academias.
O que é Expressionismo? O Expressionismo foi um movimento artístico que predominou no início do século XX. Além de ser um dos primeiros representantes das vanguardas históricas, acredita-se que também foi o pioneiro em destacar questões subjetivas.
Não se tem certeza da origem do Expressionismo, mas existe um consenso de que tenha sido originado na Alemanha em 1905. Pelo espaço que ganhou no país, o movimento também recebe a nomenclatura de Expressionismo Alemão. Suas influências eram as artes primitivas africanas.
Os artistas do período faziam contraposições às ideias impressionistas de artistas como Claude Monet. Além disso, as paletas de cores do Expressionismo, em sua maioria, não correspondiam totalmente à realidade, sendo sempre correspondente à concepção do artista.
Características do Expressionismo
No Expressionismo, temas como miséria, loucura e solidão eram destaque. Isso acontecia de forma exagerada e de forma muito pessimista. Os artistas sempre buscavam demonstrar suas emoções e por isso, muitas vezes ignoravam as cores ligadas à realidade. Confira as principais características do Expressionismo:
- Visão trágica do ser humano: Nesse movimento, os artistas abordavam temas mais dramáticos, como prostituição, miséria e solidão;
- Deformação da realidade: Os artistas se sentiam livres para representar a realidade de acordo com suas próprias percepções;
- Tridimensionalidade: A tridimensionalidade era muito usada pelos artistas, de forma ilusória, sem um verdadeiro relevo nas obras;
- Lado pessimista da vida: Os artistas representavam o que tinha de mais intenso, deixando de lado a beleza estética. Esse pessimismo se dava pelo momento em que o mundo passava, sendo antes, durante e depois da Primeira Guerra Mundial.
- Traços: Os traços expressionistas eram mais grossos e distorcidos, além de não ter linearidade nos contornos;
- Focos subjetivos: Nem todos os objetos traçados nas obras expressionistas eram reais e além disso, a realidade poderia ser desenhada com aspectos não existentes, desde que fosse da percepção do artista;
- Liberdade individual: Através do Expressionismo, os artista tinham a liberdade de retratar o que quisessem de acordo com as suas emoções, sem prisão a técnicas específicas e muitas vezes, se opondo ao racional.
Artistas do Expressionismo
Os principais artistas do Expressionismo foram Edvard Munch, Van Gogh e Guanin. Conheça os artistas:
Edvard Munch
Edvard Munch foi o pintor da obra O Grito. Suas obras eram representações bem distantes da realidade, o que se espera do Expressionismo. Além disso, Munch é muito claro quando demonstra dor, medo e sofrimento em suas retratações. Acredita-se que esse pessimismo se deve à morte prematura da mãe e seus distúrbios psicológicos.
Paul Gauguin
As obras de Gauguin são caracterizadas pela natureza alegórica e por formas dimensionais. Suas pinturas eram representadas por cores vivas e, assim, ele representava seus sentimentos. Sua obra mais conhecida é Cristo Amarelo, que simboliza sentimento de paz.
Van Gogh
Vicent Van Gogh é um dos nomes mais conhecidos do Expressionismo. Em suas artes, o artista costumava representar o que sentia e nem sempre, isso correspondia à realidade. Uma de suas obras mais conhecidas é Noite Estrelada.
Expressionismo no Brasil
O Expressionismo no Brasil desenvolveu um cunho mais social. Dessa forma, era representada a realidade social, espiritual e cultural da sociedade. Além disso, o movimento no Brasil influenciou o movimento modernista no país. Confira os principais artistas artistas expressionistas do Brasil:
Anita Malfatti
Anita Malfatti foi um grande nome do Expressionismo brasileiro e suas obras eram vistas como mais livres, já que se distanciavam do que era imposto em academias. Suas principais obras foram “A estudante Russa”, “A caboclinha”, “O homem amarelo ” e “Mulher de Cabelos Verdes”.
Cândido Portinari
Assim como Anita Malfatti, Cândido Portinari buscava demonstrar em suas obras questões que denunciassem a realidade. Suas obras, que ficaram reconhecidas internacionalmente, sempre tinham o tom avermelhado como destaque. Suas principais obras foram “A Guerra e a Paz” e “Tiradentes”.
Lasar Segall
Através de suas obras, Lasar Segall demonstrava procurava formas de demonstrar os sofrimentos e as paixões a quais os homens estavam sujeitos. Suas principais obras foram “Enferma”, “Dois Seres”, “Bananal” e “Campo de concentração”.
Grupos Expressionistas
Existiram dois grupos que estavam diretamente identificados com o expressionismo, que eram “A ponte” e “O cavaleiro azul”. Conheça esses grupos:
- Die Brücke – A ponte: Esse grupo era mais ligado às questões políticas da época. Os nomes mais conhecidos do grupo são Ernst Ludwing e Emil Nolde;
- Der Blaue Reiter – O Cavaleiro Azul: Esse grupo tinha ideias mais voltadas à espiritualidade. Seus artistas mais conhecidos foram: Vassili Kandinsk e Paul Klee.
Expressionismo Abstrato
O Expressionismo Abstrato surgiu na metade do século XX em New York, Estados Unidos, logo após a Segunda Guerra Mundial. O movimento era motivado por quebrar o tradicionalismo nas obras e, dessa forma, surgiam pensamentos mais críticos que eram expostos nas gravuras.
O pioneiro do Expressionismo Abstrato foi Arshile Gorky, da Armênia. Ele se mudou para New York e inspirou outros artistas. Além dele, outros principais nome do movimento foram: Jackson Pollock, Willem de Kooning e Isamu Noguchi.
Expressionismo: Arquitetura, escultura, música, literatura e cinema
Apesar de o expressionismo ter maior destaque nas artes plásticas, o movimento também influenciou bastante em outros meios de fazer arte, como na arquitetura, escultura música e literatura.
Na arquitetura, o expressionismo fez com que os artistas optassem por novos tipos de materiais para efetuarem suas obras. Dessa forma, ampliou a possibilidade da fabricação ampliada de materiais de construção, como tijolos, poe exemplo.
Já na escultura, as mudanças variaram de acordo com os artistas. Em comum, foi apenas a distorção das formas. Na literatura, as palavras passaram a representar a alienação, militarismo, repressão moral e religiosa, dentre outras denúncias.
Na música, passou a ser representado aquilo que o compositor sentia, separando as notas de qualquer outro fenômeno externo. Com isso, o que era ditado em escolas de música era deixado de lado, sendo primordial a subjetividade.
Por fim, no cinema, era retratado um universo mais pessimista, de forma mais exagerada. Esse tipo de filme só parou de ser reproduzido com o nazismo na Alemanha, onde as produções passaram a ser substituídas por propagandas governamentais.
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