Crime: Meta é processada pela coleta de dados

Ativista processa empresa por coleta de dados pessoais.

Uma ativista dos direitos humanos, Tanya O’Carroll, abriu um processo contra a empresa Meta, responsável pelo Facebook, alegando que a empresa vai de encontro às leis de dados do Reino Unido. A ativista questiona o fato de não poder se recusar a repassar suas informações pessoais na utilização da rede social. O Facebook coleta dados dos usuários, e a partir disso, a empresa aumenta o seu patrimônio. Entenda melhor aqui.

Leia mais: Análise de Dados: Como o Facebook recolhe dados para a criação de métricas e estatísticas

Meta é processada pela coleta de dados

Ao utilizarmos redes sociais como o Facebook, uma série de informações pessoais fica em posse da empresa responsável e essas informações são vendidas para empresas de publicidade, as quais, as utilizam para personalizar seus anúncios. Entretanto, alguns países garantem, por lei, o direito do usuário em se opor a esse repasse.

Portanto, Tanya O’Carroll ao processar o Facebook, se baseia na violação da lei de dados de seu país, afinal a empresa não respeita a vontade do usuário no caso do surgimento do desejo em parar a coleta de dados. Até porque, é a partir da venda deles que a receita do site é gerada e as empresas que os compram conseguem vender mais produtos.

Ao criar um perfil em qualquer rede social, precisamos aceitar uma série de termos de uso, entretanto para O’Carroll alguns deles são inaceitáveis. Em uma entrevista para BBC Radio 4, ela afirma “Este caso é realmente sobre todos nós sermos capazes de nos conectar com a mídia social em nossos próprios termos, e sem ter que aceitar essencialmente que devemos ser submetidos a perfis de vigilância de rastreamento extremamente invasivos apenas para conseguir acessar as redes sociais”.

Crime da coleta de dados

O Facebook, ao impor aos seus usuários a coleta de dados, descumpre o artigo 21 (2) do Regulamento Geral de Proteção de Dados do Reino Unido (GDPR). O artigo diz que todo indivíduo tem o direito de reivindicar sua privacidade e proibir o processamento de seus dados pessoais para empresas de anúncio.

Com a abertura do processo, O’Carroll acredita que dará oportunidade das pessoas reivindicarem seus direitos de privacidade protegidos por lei. Ela iniciou o processo no Tribunal Superior, porém caso ganhe, ela não pretende pedir nenhum tipo de indenização, apenas busca uma resposta da empresa autorizando a sua proteção de dados contra anúncios.

A empresa Meta, responsável pelo Facebook, anunciou um comunicado que dizia levar a privacidade dos usuários a sério e por isso existe uma política de uso, a qual explica aos usuários quais dados estão sendo coletados e o controle sobre os anúncios.

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