FDA quer retirar aditivo alimentar do mercado alegando insegurança

Ingrediente comum em alimentos deve ter sua utilização proibida em breve.

A Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos anunciou que está propondo a revogação do regulamento que autoriza o uso do óleo vegetal bromado (BVO) em alimentos, devido a preocupações com sua segurança.

A FDA citou estudos em colaboração com os Institutos Nacionais de Saúde (NIH) que identificaram resultados potencialmente prejudiciais à saúde relacionados ao uso do BVO.

O que é esse óleo?

O BVO, um aditivo estimulante de frutas cítricas, era anteriormente utilizado em bebidas como Gatorade, Coca-Cola, Pepsi e outros produtos. Ainda está presente em bebidas como Sun Drop e algumas marcas de refrigerantes.

A FDA informou que relatórios toxicológicos forneceram evidências científicas conclusivas que sustentam a proposta de remover a autorização de aditivos alimentares do BVO. A agência havia deixado de considerar o BVO como “Geralmente Reconhecido como Seguro” (GRAS) em 1970, quando começou a regulamentar o óleo vegetal.

As preocupações de saúde em relação ao BVO estão relacionadas a um de seus ingredientes, o bromo, que pode causar irritação na pele, no nariz, na boca e no estômago. Além disso, o bromo foi associado a sintomas neurológicos em pessoas que consomem grandes quantidades de refrigerantes cítricos, geralmente mais de 2 litros por dia.

Ampliação da proibição

A proibição do BVO já havia sido implementada no estado da Califórnia, onde o governador Gavin Newsom assinou um projeto de lei que proíbe a venda de alimentos contendo quatro produtos químicos, incluindo o BVO. A lei entrará em vigor em 1º de janeiro de 2027, com multas de até US$ 10.000 por violações.

Essa proibição não é exclusiva da Califórnia, pois os quatro ingredientes em questão, incluindo o BVO, já são proibidos na União Europeia devido a pesquisas que os relacionam ao câncer, problemas reprodutivos e outros riscos à saúde.

Outros Estados

Um projeto de lei semelhante está em tramitação no Legislativo de Nova York, que visa proibir esses quatro produtos químicos, além do dióxido de titânio.

A recente ação da FDA em relação ao BVO esclarece a regulamentação em nível nacional e demonstra que a agência está revisando e reavaliando a segurança de produtos químicos em alimentos. Isso inclui o Vermelho Nº 3, que também tem sido alvo de preocupações.

Muitas empresas já haviam removido voluntariamente esses ingredientes de seus produtos, reconhecendo os riscos à saúde associados a eles.

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