Formação de novas espécies
Você sabe como as diferentes espécies são formadas? Continue lendo para entender esse processo.
A formação de novas espécies é chamada de especiação. Mas, antes de começarmos a falar sobre ela, é importante recordarmos o conceito biológico de espécie.
Em alguns casos, indivíduos de espécies diferentes podem se reproduzir e gerar descendentes saudáveis, mas eles serão inférteis e, por isso, não podemos considerar como formação de uma nova espécie, mas sim formação de um híbrido. Esse é o caso das mulas e dos burros, eles são animais saudáveis, porém inférteis e são formados do cruzamento de uma égua com um jumento.
Especiação
A formação de novas espécies pode ser considerada uma consequência do processo evolutivo. Durante a seleção natural, os indivíduos que possuem características que melhor se adaptem às condições do ambiente são selecionados.
Com as alterações ambientais é possível surgirem mutações que podem tanto extinguir a espécie quanto selecionar indivíduos diferentes para o novo ambiente.
No processo de especiação, uma espécie ancestral origina duas ou mais espécies que são geneticamente diferentes e não conseguem mais se reproduzir. Para que isso seja possível, a população ancestral precisa passar por algum tipo de isolamento.
Especiação alopátrica
Na especiação alopátrica, a formação da nova espécie surge pelo isolamento geográfico de duas populações. Isso faz com que elas passem por diferentes situações, podendo sofrer diferentes mutações e reduzir o fluxo gênico entre elas, causando um isolamento reprodutivo.
Esse é o tipo de especiação considerado o modelo por muitos pesquisadores.
O isolamento geográfico pode acontecer de duas formas:
- Mudanças geológicas, como rios, montanhas, vulcões;
- Eventos de dispersão que são os deslocamentos das populações para locais distantes causados pelo vento, corrente marítima, entre outros fatores.
Os tentilhões das Ilhas Galápagos observados por Darwin são um exemplo de especiação alopátrica. Eles foram separados em ilhas diferentes e se diferenciam pelos tipos de bicos que são adaptados pra alimentação de cada local.
Especiação parapátrica
Na especiação parapátrica, as populações habitam áreas muito próximas, mas ecologicamente diferentes.
Como possuem contato nos limites das áreas, essas populações se cruzam, mas produzem apenas indivíduos híbridos, causando uma barreira do fluxo gênico entre as espécies.
Especiação simpátrica
Na especiação simpátrica não há isolamento geográfico, as duas populações com indivíduos da mesma espécie vivem na mesma área, entretanto, não se reproduzem.
Geralmente o isolamento reprodutivo é causado por uma modificação genética que impede o cruzamento dos indivíduos, gerando assim grandes diferenças que levam a especiação.
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