África começa a se dividir em duas formando novo oceano
A separação abre caminho para que um novo oceano atravesse a divisão, separando os 54 países que formam o continente.
Recentemente, pesquisadores descobriram o início da formação de um novo oceano, ocasionado quando a África começa a se dividir em duas. Essas duas partes de terra compõem o segundo maior e o segundo continente mais populoso do mundo.
A separação abre caminho para que um novo oceano atravesse a divisão, separando os 54 países que formam o continente. Entenda!
Formação de novo oceano
Segundo a revista especializada americana Geophysical Research Letters, os geólogos conseguiram confirmar que um novo oceano está sendo criado à medida que o continente africano é dividido ao meio.
Com isso acontecendo, países como Zâmbia e Uganda, nações que não teriam acesso ao mar, poderão um dia ter seus próprios litorais se a terra continuar se separando.
A formação de um novo oceano é um processo geológico muito lento e ocorre ao longo de milhões de anos. No entanto, os cientistas localizaram o ponto exato onde o continente abriu-se pela primeira vez.
Assim, à medida que a separação das placas continua, a nova crosta oceânica se afasta do ponto onde o magma está se elevando e se movendo em direção às bordas das placas tectônicas. Conforme a crosta oceânica se afasta, forma-se uma nova bacia oceânica.
A rachadura está posicionada nas bordas de três placas tectônicas, que, gradualmente, se afastam umas das outras há algum tempo. Os geólogos observaram que esse complexo processo tectônico abrirá espaço para um gigante corpo de água totalmente novo daqui a milhões de anos.
As placas tectônicas da África e da Arábia se separam gradualmente há cerca de 30 milhões de anos. Esse movimento é o mesmo que também dividiu o Mar Vermelho.
A formação de um novo oceano é um exemplo de um processo geológico que ocorre em escalas de tempo muito maiores do que a escala humana, mas que pode ter um grande impacto na configuração da superfície da Terra ao longo de milhões de anos.
“Este é o único lugar na Terra onde você pode estudar como uma fenda continental se torna uma fenda oceânica”, explicou Christopher Moore, estudante de doutorado na Universidade de Leeds, à NBC News.
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