Frutas antigamente rejeitadas pela sociedade: uma retrospectiva
Descubra a curiosa história das frutas que já foram rejeitadas pela sociedade.
No século XIX, a sociedade estadunidense se viu diante de um peculiar dilema: o formato fálico das bananas. Naquela época, o tipo de banana consumido era mais “selvagem” e se assemelhava à banana-da-terra, exibindo uma forma ainda mais evidente.
Tal peculiaridade foi o suficiente para desencadear um sentimento de pânico, com as pessoas sentindo vergonha de serem vistas carregando ou consumindo a fruta. Para evitar qualquer conotação obscena, os indivíduos adotaram estratégias curiosas.
Alguns optaram por envolver as bananas em papel alumínio, na esperança de disfarçar sua forma. Outros, mais drásticos, decidiram fatiar a fruta, eliminando qualquer possibilidade de associação com conotações sexuais. No entanto, o problema atingiu proporções alarmantes e a preocupação social se tornou evidente.
Foi então que Andrew Preston, da Boston Fruit Company, em Massachusetts, teve uma ideia inovadora para dissipar essas preocupações: lançar uma campanha de conscientização. Preston criou cartões-postais com imagens de mulheres segurando bananas, mas sem qualquer conotação provocativa.
Essa estratégia visava mostrar à sociedade que não havia nada de errado ou sexual na fruta em questão. Os cartões, distribuídos amplamente, mostravam mulheres elegantemente vestidas, segurando as bananas de forma natural e sem qualquer sugestão indevida.
O estigma do abacate
Descobertas históricas revelam uma intrigante história por trás da sexualização das frutas, desmistificando a crença de que apenas a banana era alvo dessas associações. No início do século XX, surgiram rumores surpreendentes sobre o abacate exalando sensualidade.
Os astecas, antigos habitantes do México, foram os primeiros a batizar a fruta com a palavra nativa “ahuacatl”, que também era usada para se referir aos “testículos”.
A forma arredondada e em gota do abacate, aliada à suposta capacidade de despertar o desejo sexual, contribuíram para essa curiosa associação. No entanto, historiadores ainda debatem se a fruta recebeu o nome do órgão ou se a gíria adotou o nome da fruta.
No século XVI, quando os espanhóis conquistaram o México, a palavra “ahuacatl” foi transformada em “aguacate”. No entanto, quando agricultores norte-americanos descobriram a fruta, acharam esse nome difícil de pronunciar e sugeriram mais de 40 denominações diferentes, incluindo “avocat” e “aligator pear” (pera-jacaré).
Curiosamente, o abacate não era cultivado comercialmente até 1914. Foi somente quando hotéis em Los Angeles e São Francisco começaram a encomendar grandes quantidades da fruta, pagando até US$ 12 por dúzia, que o abacate começou a ganhar popularidade.
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