Frutinha brasileira que pode estar no jardim da sua casa é uma verdadeira mina de ouro

O bacupari é uma pequena fruta alaranjada e azeda, comum em biomas como a Amazônia e a Mata Atlântica. No Brasil, ele é conhecido por derivar de duas espécies: Garcinia gardneriana e Garcinia brasiliensis.

Além de sua importância ecológica, a fruta possui um grande potencial medicinal, atraindo a atenção da comunidade científica. Embora a árvore do bacupari possa atingir até 15 metros de altura, sua madeira é valorizada na construção civil.

No entanto, é no campo da ciência que a fruta realmente brilha, sendo rica em compostos bioativos com propriedades antioxidantes, antifúngicas, anticancerígenas e antimicrobianas.

Propriedades medicinais do bacupari

Bacupari (Foto: iStock)

Cientistas têm investigado o bacupari por suas diversas propriedades terapêuticas. O chá feito das folhas da planta tem sido tradicionalmente utilizado para tratar feridas e disenteria.

Estudos preliminares em ratos indicam que o extrato da fruta pode reduzir inflamações e atuar como analgésico.

Outra característica notável é a capacidade do bacupari de combater protozoários, como os causadores da leishmaniose, e vermes responsáveis pela esquistossomose.

Além disso, o bacupari é uma fonte rica de antioxidantes que ajudam a combater o estresse oxidativo, associado ao envelhecimento e a doenças crônicas.

Uso versátil na culinária

Na culinária, o bacupari é versátil e pode ser consumido tanto in natura quanto em diversas preparações. Seu sabor e textura o tornam ideal para vinhos, compotas, geleias e licores.

A fruta também pode ser transformada em sucos e vitaminas ou servir como acompanhamento em saladas.

Diferenças entre as espécies

Embora as espécies Garcinia gardneriana e Garcinia brasiliensis sejam semelhantes, uma diferença se destaca: apenas a Garcinia brasiliensis produz flores perfumadas. Esta distinção pode ser relevante para usos específicos da planta.

Apesar do potencial promissor do bacupari, é importante ressaltar que os benefícios ainda não foram comprovados em humanos.

As pesquisas atuais são limitadas a células em laboratório e modelos animais, indicando que mais estudos são necessários antes que a fruta possa ser utilizada na formulação de medicamentos.