Governo brasileiro propõe moeda comum para países da América do Sul
Após grandes contestações do domínio do dólar nas transações financeiras, Lula propõe uma moeda comum para a América do Sul.
Durante a cúpula de países sul-americanos sediada pelo Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, na terça-feira, 30, a criação de uma moeda única para facilitar as transações comerciais entre os 12 países da América do Sul.
Em consonância com suas críticas sobre a hegemonia do dólar nas transações financeiras internacionais, Lula sugeriu a adoção de uma moeda comum na região ao inaugurar o encontro de chefes do Estado sul-americano, realizado em Brasília.
O encontro teve como objetivo promover avanços em termos de integração continental e estabelecer um diálogo contínuo entre os presidentes do continente da América do Sul.
Durante o evento, Lula apresentou diversas propostas, incluindo a ideia de criar uma moeda comum para o comércio, com o intuito de reduzir a dependência de moedas estrangeiras fora da região.
Lula apresenta moeda comum para países da América do Sul
Durante suas viagens recentes ao Japão e à China, Lula expressou abertamente sua preocupação com a predominância do dólar como a moeda de maior aceitação internacional.
Para o presidente do Brasil, a proposta de estabelecer uma moeda comum tem o objetivo de fortalecer a identidade sul-americana. Segundo a proposta, ele não viabiliza fazer a substituição das moedas de cada país para uma moeda comum, explicando que a proposta seguiria apenas uma linha comercial.
Em vez disso, o objetivo seria instituir uma moeda comum exclusivamente para transações comerciais de importação e exportação. A proposta de uma moeda comum vem sendo tolerada devido à economia de dólares e às pressões da política monetária de parceiros comerciais importantes, como a Argentina, no comércio regional.
Essa proposta também foi apresentada à Argentina, quando o presidente Lula esteve no país em janeiro deste ano. Ele discorreu sobre adotar uma moeda comum com a Argentina, de modo que deixou de ser novidade o assunto que seria tratado na reunião com os demais presidentes.
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