Governo de SP anuncia que vai usar ChatGPT para criar aulas digitais

Polêmica, a medida tem sido criticada por professores e órgãos representativos dos profissionais da educação no Estado de São Paulo.

Recentemente, o governo de São Paulo fez um anúncio controverso: a Secretaria de Educação do Estado aprovou o uso do ChatGPT na elaboração de aulas digitais para a rede pública de ensino.

Em resumo, de acordo com a decisão, a Inteligência Artificial ficará encarregada de criar material didático no formato de livros digitais, os quais serão disponibilizados ao longo das aulas em EaD ministradas por professores do estado.

Ainda conforme a medida, os temas abordados pela IA em suas criações devem ser escolhidos previamente pela Secretaria de Educação.

Além disso, o trabalho feito pelo ChatGPT deverá ser supervisionado por seres humanos para evitar erros e inconformidades com o currículo-base da educação pública paulista.

Como era de se esperar, muitas entidades e professores manifestaram-se contrariamente à medida do governo paulista.

A maioria alega que o uso da IA nesse processo criativo esvazia certas demandas dos professores e pode induzir a alguns erros na elaboração dos materiais didáticos.

De fato, os docentes ganham um papel secundário nesse processo, ficando responsáveis apenas por fiscalizar e adequar o que o ChatGPT seria responsável por criar.

Governo de SP se pronuncia sobre uso de IA na educação

Por outro lado, o governo de SP assegura que medidas serão tomadas para a manutenção da qualidade dos materiais digitais gerados por inteligência artificial, bem como para manter o protagonismo dos professores na condução das aulas.

A Secretaria de Educação paulista afirma que essa medida vai acelerar a produção dos professores e aumentar a qualidade dos materiais criados.

Se de fato for implementado, esse método de geração de conteúdo deve fornecer material didático para estudantes de todos os níveis da rede pública de ensino do Estado de São Paulo (cerca de 3,5 milhões) que acessem aulas digitais, no formato EaD ou presencial.

Por fim, o governo de SP anunciou que pretende fazer testes com a nova medida já no terceiro bimestre de 2024, entre os meses de maio e junho.

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