Governo Jânio Quadros (1961) – Características, resumo, polêmicas
Jânio Quadros foi eleito no dia 31 de janeiro de 1961, de forma direta. Seu curto mandato ficou marcado por tendências conservadoristas e medidas consideradas pouco relevantes para o país.
Jânio Quadros, foi eleito presidente do Brasil através do voto direto. Sua candidatura foi lançada no dia 20 de abril de 1959 e como símbolo da campanha, utilizava uma vassoura, que tinha como significado a proposta de combater a corrupção. Seu slogan era “varre, varre, vassourinha, varre, varre a bandalheira“.
Eleito no dia 31 de janeiro de 1961, o governo Jânio Quadros foi marcado por contradições. Além disso, algumas de suas medidas foram consideradas pouco relevantes e ainda promoveu a centralização de poder à presidência, diminuindo a renda do Congresso Nacional.
No dia 25 de agosto de 1961, Jânio Quadros renunciou o mandato, afirmando que havia forças terríveis contra ele. Saiba mais sobre o governo de Jânio Quadros.
Eleição de Jânio Quadros
Jânio Quadros foi eleito de forma direta. Ele já tinha experiência em outros cargos políticos, como prefeito, vereador e governador do estado de São Paulo.
Para sua candidatura, ele transmitiu a ideia de que era um cidadão simples e do povo. Como símbolo da campanha, utilizou uma vassoura, que significava varrer o que havia de errado no Brasil. Principalmente, a corrupção.
Jânio costumava afirmar que não tinha vínculo com a política tradicional e que sua principal intenção era resolver os interesses populares.
Sua campanha foi bem recepcionada pelo público. Jânio Quadros foi eleito em 1960, com aproximadamente 6 milhões de votos.
Política interna de Jânio Quadros
Com a intensão de possuir mais liberdade para governar, Jânio Quadros se afastou das tradicionais forças políticas do país. Ele não queria ter compromissos com partidos políticos.
Porém, seus planos não deram certo, já que para tomada de grandes decisões, era necessário a aprovação do Congresso Nacional. Logo, as negociações passaram a ser complicadas.
Política externa de Jânio Quadros
Jânio Quadros tinha a intensão de cortar a dependência econômica ligada aos Estados Unidos. Por isso, se aproximou de movimentos esquerdistas.
Em primeiro lugar, Jânio tentou aproximar o Brasil da União Soviética (país socialista). Ainda depois disso, enviou o vice-presidente João Goulart para missão na China.
Ainda mais, criticou a política dos Estados Unidos e sua proximidade com Cuba. Sua política externa fez com que vários setores conservadores brasileiros e as Forças Amadas do Brasil não aprovassem seu governo.
Principais Medidas
O governo de Jânio Quadros ficou marcado por medidas consideradas polêmicas e de pouca relevância. Como:
- Proibição de andar de biquíni;
- Limitação para corrida de cavalos (permitido apenas nos fins de semana);
- Proibição de brigas de galo;
- Proibição de lança-perfume.
Além disso, com a intensão de superar o problema de inflação, Jânio Quadros reduziu a concessão de crédito e ainda congelou o valor do salário mínimo.
Ademais, aprovou uma reforma na política cambial, para que conseguisse atender as vontades dos investidores internacionais. Essas medidas demonstravam que Jânio teria uma tendencia ao conservadorismo.
Renúncia de Jânio Quadros
Jânio Quadros renunciou ao seu mandato no dia 25 de agosto de 1961. Grande parte do Legislativo não o apoiava, assim como as forças militares. Logo, o governo entrou em colapso.
Então, Jânio enviou uma carta para o Congresso Nacional, declarando sua renúncia. Sem grandes explicações, apenas afirmou que muitas forças estavam contra ele.
A expectativa de Quadros era que as Forças Armadas insistissem para sua permanência, pois seu vice, João Goulart, estava na China. Logo, ele não poderia tomar posse. Mas, não foi isso o que aconteceu.
A renúncia de Jânio quadros despertou no Brasil uma das maiores crises econômicas já enfrentadas na história do país.
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