Grande parte dos pais na Inglaterra deixa de levar seus filhos à escola diariamente; entenda o motivo

Relatório revela ruptura na relação entre escolas e famílias, levando a um declínio na frequência escolar na Inglaterra.

Uma pesquisa recente revelou que os pais ingleses não consideram mais a frequência escolar diária como vital para seus filhos, marcando uma mudança significativa nas atitudes em relação à educação desde o início da pandemia de Covid-19.

O relatório descreve essa mudança como uma “ruptura profunda” na relação entre escolas e pais, abrangendo todas as faixas socioeconômicas. Saiba mais detalhes a seguir!

A prática está em crescimento no país

Durante décadas, a ideia de que todos os alunos deveriam frequentar a escola todos os dias durante o período letivo era um acordo tácito entre escolas e famílias.

No entanto, esse contrato social parece ter sido rompido, com alguns pais já não vendo como sua responsabilidade garantir a presença diária de seus filhos na escola.

Isso desencadeou o que o relatório descreve como uma “crise nacional total” na frequência escolar, que exigirá esforços significativos e a colaboração de vários serviços para ser revertida.

(Imagem: AP/Reprodução)

A pesquisa revelou um aumento de mais de 50% na ausência escolar geral na Inglaterra desde 2019, com um acréscimo ainda mais significativo na ausência persistente, quando os alunos faltam a 10% ou mais das aulas. Tal tendência tem preocupado autoridades e levou a uma série de intervenções do governo.

Os motivos para essa mudança nas atitudes dos pais em relação à frequência escolar são diversos.

A perturbação causada pela Covid-19, agravada por problemas de saúde mental entre os jovens e uma crise no custo de vida, desempenhou um papel fundamental nessa transformação.

Além disso, as formas como as escolas ofereceram aprendizado durante os confinamentos alteraram a percepção dos pais sobre a importância da frequência escolar.

A pesquisa apontou que, devido à pandemia, as escolas enviaram para casa uma quantidade significativamente menor de material de aprendizado, levando alguns pais a questionar a necessidade de estar presente na escola diariamente.

As férias letivas também se tornaram mais socialmente aceitáveis, e os recentes dias de greve dos professores minaram ainda mais a narrativa de que “cada dia é importante” em termos de frequência escolar.

O relatório sugere que as multas por não comparecimento devem ser revistas e, possivelmente, abolidas, pois são profundamente impopulares e contribuem para a alienação dos pais.

Além disso, o documento destaca a necessidade de investimento em serviços de educação especial e saúde mental para melhorar a frequência escolar.

A tendência de queda na frequência escolar é vista como um desafio significativo para o sistema educacional britânico, exigindo um esforço conjunto das escolas, das famílias e do governo para abordar e reverter tal crise.

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