Grave! Novo estudo revela riscos de ficar muito tempo sentado

Estudo mostra que mulheres que passam mais de 11 horas sentadas têm risco 30% maior de morte precoce.

O estilo de vida sedentário tem sido associado a diversos problemas de saúde, e um recente estudo conduzido por pesquisadores da Universidade da Califórnia, San Diego, revela uma ligação preocupante entre o tempo excessivo sentado e o aumento da mortalidade em mulheres idosas.

Saiba mais sobre o estudo

Publicado no Journal of the American Heart Association, o estudo analisou o comportamento sedentário de mais de 6 mil mulheres com idades entre 63 e 99 anos.

Utilizando dispositivos de monitoramento de atividades fixados na cintura, os pesquisadores coletaram dados sobre o tempo sentado das participantes ao longo de uma semana.

As mulheres foram acompanhadas por um período médio de oito anos para avaliar os desfechos de mortalidade.

O diferencial deste estudo foi o uso do algoritmo de inteligência artificial CHAP (Convolutional neural network Hip Accelerometer Posture), que permite uma análise mais precisa do comportamento sedentário ao considerar a postura, diferenciando, por exemplo, entre estar sentado e em pé.

Principais descobertas

Os resultados foram alarmantes: mulheres que passavam mais de 11,7 horas por dia sentadas apresentaram um risco 30% maior de mortalidade, independentemente de praticarem exercícios físicos moderados ou intensos.

O Dr. Steve Nguyen, principal autor do estudo, destacou que essa descoberta é significativa porque contradiz a noção de que a prática regular de exercícios pode neutralizar os efeitos negativos do tempo sedentário.

Passar horas sentado aumenta em 30% o risco de mortalidade, fator que é ampliado caso esse número de horas seja superior a 11h. Imagem: Reprodução

Além disso, foi observado que o risco aumenta a partir de cerca de 11 horas diárias sentadas. Mulheres que dividiam seu tempo sentadas em longos períodos contínuos também apresentaram um risco adicional, embora menor, de mortalidade.

Impactos na saúde

Os dados corroboram evidências anteriores de que o sedentarismo pode levar a diversas condições de saúde adversas, incluindo doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, hipertensão, osteoporose e alguns tipos de câncer.

A falta de movimento não só prejudica a eficiência metabólica dos órgãos e tecidos, mas também está associada a problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade.

Recomendações

O Dr. Cheng-Han Chen, cardiologista e diretor médico do Programa de Coração Estrutural no MemorialCare Saddleback Medical Center, recomendou que as pessoas se levantem a cada 30 minutos para caminhar e se movimentar por quatro a cinco minutos.

Essa prática pode ajudar a mitigar os riscos associados ao sedentarismo prolongado, promovendo uma melhor eficiência dos órgãos e sistemas corporais.

O estudo conduzido na Universidade da Califórnia sublinha a necessidade de estratégias de saúde pública voltadas para a redução do tempo sedentário, especialmente entre as populações mais idosas.

Campanhas educativas e programas de saúde devem enfatizar a importância de reduzir o tempo sentado e incorporar mais atividade física no dia a dia das idosas para promover uma longevidade saudável.

Uma vida fisicamente ativa não mitiga os efeitos de muitas horas sentadas. É preciso fazer exercícios físicos regulares e pausas a cada 30 minutos para alongar e mover o corpo. Imagem: Reprodução

A relação entre sedentarismo e aumento da mortalidade em idosas é um alerta para a necessidade de mudanças comportamentais.

Adotar hábitos que reduzam o tempo sentado pode ser vital para melhorar a qualidade de vida e prolongar a longevidade, independentemente da idade.

O sedentarismo não deve ser visto apenas como falta de atividade física, mas como um fator de risco à saúde.

*Com informações de Longevity e Medical News Today.

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