Os 'super-idosos' do Japão revelam segredos para uma vida muuuito longa

Basicamente, as dicas giram em torno do cuidado com a saúde mental e emocional, bem como do desenvolvimento de hábitos saudáveis.

Conforme mostram dados da LongeviQuest, uma organização voltada exclusivamente ao monitoramento das pessoas mais longevas do mundo, o Japão é um dos países que mais têm centenários no planeta.

Por exemplo, dentre os quatro supercentenários (pessoas acima de 110 anos) estudados em 2023, estava a japonesa Fusa Tatsumi, que completou 116 anos em abril e infelizmente faleceu na última terça-feira, 12 de dezembro.

Mas não é de hoje que os japoneses têm um histórico de longevidade e qualidade de vida. As ilhas Okinawa, por exemplo, são objeto de estudo para muitos cientistas que desejam desvendar os segredos da sua média de idade incrivelmente alta.

Qual é o segredo da longevidade japonesa?

(Imagem: Freepik/reprodução)

A pesquisadora Yumi Yamamoto, atual presidente da LongeviQuest, afirma que as vidas incrivelmente extensas dos japoneses se devem à observação de alguns hábitos.

“A maioria dos centenários e supercentenários que conheci tendem a ter continuado os mesmos hábitos de vida durante longos períodos de tempo”, disse ela em entrevista.

No que diz respeito aos hábitos em si, a lista é bastante longa e inclui manter uma alimentação balanceada, comer pouco, praticar exercícios físicos, equilibrar os níveis de estresse e até beber vinho de arroz diariamente.

Yamamoto, que também é neta de uma supercentenária que viveu 116 anos, reforça que a rotina regrada dos seus parentes e conterrâneos mais velhos é realmente exemplar.

“O que eu notei nesses supercentenários é que eles são muito disciplinados e até rigorosos em si mesmos em termos de regulamentação de seus estilos de vida”, iniciou. “Eles não fazem nada em excesso, e isso não é só comida e bebida, mas também não ficam acordados a noite toda”, completou.

Para se ter uma ideia, o poder do hábito é tão influente que até mesmo algumas práticas consideradas nocivas podem ter seu risco reduzido por causa da constância.

Tendo atingido 119 anos de idade, a japonesa Kane Tanaka, falecida em abril de 2022, era viciada em Coca-Cola. Porém, Yumi Yamamoto relata que seu segredo sempre foi beber poucas quantidades do refrigerante.

“Ela era viciada nisso [Coca-Cola], mas não bebia em excesso. Isso é algo que eu acho que é comum no Japão. Os japoneses comem de forma equilibrada e não comem ou bebem em excesso”, comentou a pesquisadora.

Por fim, Yamamoto reforça que essa mesma disciplina deve ser levada a todos os aspectos da vida. Para ela, quanto mais excessos e fuga da realidade, menos anos de vida teremos.

“É sobre ter equilíbrio e rotina na vida”, pontuou.

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