História do 7 de setembro: Descubra o que há por trás do Dia da Independência
Detalhes sobre um dos momentos históricos mais importantes do Brasil. Veja tudo sobre o dia em que o país cortou as últimas relações coloniais com Portugal.
Desde o princípio do Império, todos os anos os brasileiros comemoram no dia 7 de setembro o Dia da Independência do Brasil.
Porém, que D. Pedro I fez a proclamação às margens de um rio no estado de São Paulo, o nosso Hino Nacional conta, mas você já parou para pensar o que se passou naquele dia?
Se o assunto desperta sua curiosidade, veja tudo que aconteceu na data histórica, bem como as ações que culminaram no Grito do Ipiranga.
Contexto histórico da Independência
Para entender o cenário histórico no Brasil no momento da Independência, formalizada em 1822, é necessário retroceder aproximadamente 14 anos. Voltando, então, para o início do ano de 1808, que marca a chegada da família real portuguesa ao território brasileiro.
Por ter vários acordos comerciais com o Reino Unido, Portugal se recusou a aderir ao Bloqueio Continental decretado por Napoleão Bonaparte. Temendo a reação do imperador francês e uma possível tomada do país, D. João VI e todos os membros da Corte abandonaram a Europa rumo a colônia brasileira, sob escolta de navios ingleses.
Esse fato determinou o início da época que ficou conhecida na história como Período Joanino. Como era de se esperar, o Brasil passou por transformações profundas, tanto no que diz respeito à infraestrutura, economia e cultura, quanto no tocante a organização da sociedade.
Em 1815, junto de Portugal e Algarves, o país foi elevado ao status de Reino Unido. Portanto, em tese, deixou de ser colônia. Contudo, isso não significou o fim do domínio português no território.
Justamente nesse período, mas na europa, a Era Napoleônica chegou ao fim. Apesar disso, Portugal não ficou isento a crises. Houve várias divergências políticas, mas havia um consenso, D. João VI deveria regressar às terras lusitanas e retomar o controle do país.
Assim, em 1821 o rei português e toda a Corte retornaram para o país natal. Seu filho, D. Pedro, ficou no Brasil como o representante de Portugal, recebendo o título de Príncipe Regente.
O momento era de turbulências políticas, tanto no nosso país, quanto em terras portuguesas. Lá, na cidade de Lisboa, foram realizadas várias assembleias que pediam o retorno de Portugal ao centro político do mencionado Reino Unido e a consequente submissão do Brasil enquanto mera colônia.
Do lado de cá, as elites agrárias e demais representantes das classes mais abastadas se movimentavam junto a D. Pedro para a concretização de reformas na estrutura brasileira, o que desagradou muito os membros da realeza lusitana.
Foi assim que os portugueses passaram a exigir o regresso do monarca ao seu país. Desacatando o pedido, em 9 de janeiro de 1822 ele anunciou sua permanência no Brasil, por meio do episódio que ficou conhecido como Dia do Fico.
No decorrer de todo o primeiro semestre daquele ano as indisposições entre os representantes dos dois países continuaram acirradas.
O que aconteceu no dia 7 de setembro?
Na tarde de 7 de setembro de 1822, já em São Paulo, D. Pedro regressava de uma viagem a Santos, cujo objetivo era resolver problemas políticos da província. Quando chegou nas proximidades do riacho Ipiranga, recebeu uma correspondência com um ultimato.
A carta entregue por um mensageiro da Corte anunciava que ele deveria, em obediência às decisões da metrópole, retornar imediatamente a Portugal. Contrariando as expectativas reais, ele proclamou a Independência do Brasil, no famoso episódio conhecido historicamente como Grito do Ipiranga.
O acontecimento, ficou marcado pelos dizeres “Independência ou morte!”. Ou seja, daquele momento em diante, todos os laços coloniais com Portugal estavam encerrados e em metáfora, os brasileiros preferiam morrer a tornar a ser uma colônia.
No dia 12 de outubro de 1822, na cidade do Rio de Janeiro, o monarca foi aclamado imperador do Brasil, sob a alcunha de D. Pedro I. Em 1º de dezembro, aos 24 anos, ele foi coroado imperador.
Um fato curioso, é que, a Independência não foi aceita de imediata pela Coroa. O reconhecimento veio somente depois de três anos, inclusive, contando com mediação da Grã-Bretanha.
Além disso, mesmo com o fim das relações coloniais com Portugal, um monarca português assumiu o trono. O fato causou grande desconforto e motivou muitas disputas ao longo de todo o seu reinado.
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