Impressionante: loba retribui favor a homem que havia salvado ela e seus filhotes; veja

Estudos científicos têm demonstrado que diversos animais possuem a capacidade de aprender e guardar informações, tanto de estímulos externos quanto internos. Isso prova que não apenas humanos possuem memória.

Nesse contexto, a história de uma loba resgatada por um caçador, no Alasca, nos faz refletir sobre a memória e a capacidade dos animais de reagirem a situações e demonstrarem gratidão.

Resgate da loba

Há muitos anos, um caçador se deparou com uma situação crítica enquanto procurava por presas nas margens do Coho Creek, um riacho próximo a Wasilla, no sul do Alasca.

Ele encontrou uma loba presa pela pata dianteira em uma armadilha para ursos. A loba, pertencente à espécie lobo-ocidental, comum na região, estava em uma situação desesperadora.

O animal estava sozinho e não conseguiria se libertar. O homem sabia que soltá-la poderia ser perigoso, pois os lobos são predadores no topo da cadeia alimentar e raramente perdem uma presa tão próxima.

No entanto, ao observar a loba mais de perto, ele percebeu que ela estava exausta e ferida. Além disso, ela secretava leite, indicando que tinha filhotes que também estavam em perigo.

(Imagem ilustrativa: divulgação)

Utilizando suas habilidades de imitar latidos e uivos de lobos, ele conseguiu chamar a atenção de quatro lobinhos famintos que saíram de uma toca próxima, que até tentaram mamar nos dedos do caçador.

O caçador improvisou uma bolsa para transportar os filhotes e os levou de volta para onde a loba estava presa. Ao reencontrar seus filhotes, a loba demonstrou imensa alegria e alívio.

Agora, o desafio era alimentar a loba e garantir que ela estivesse forte o suficiente para cuidar dos filhotes. O caçador compartilhou sua comida com ela e, ao longo dos dias seguintes, caçou presas para alimentá-la e aos lobinhos.

Demonstração de gratidão

Quando chegou a hora de libertá-la, algo inusitado aconteceu: a loba começou a indicar ao caçador, por meio de latidos e gestos, que ele a acompanhasse.

Curioso, o caçador seguiu os passos do animal, que fazia paradas ocasionais para permitir que os filhotes a alcançassem.

A loba levou o caçador a um campo aberto entre o riacho e as montanhas, onde vivia sua alcateia. Então, ela o apresentou ao seu bando, que demonstrou confiança e alegria em sua presença.

Depois de ver a loba e seus filhotes reunidos e em segurança, o homem se afastou rapidamente, retornando à cidade. Durante sua jornada de volta, ele pôde ouvir os uivos de seus novos amigos lobos.

Anos mais tarde, o caçador se encontrou em uma situação perigosa ao ser surpreendido por um urso-pardo enquanto realizava suas atividades de caça na mesma região em que havia se encontrado com a loba.

Desesperado, ele começou a emitir sons de lobo na esperança de assustar o urso. Para sua surpresa, a loba que ele havia salvo anos antes apareceu rapidamente e enfrentou o urso, que se afastou.

A loba, em sua memória, registrou os gestos de proteção realizados pelo caçador e, anos depois, retribuiu o favor ao salvá-lo do urso.

Essa é uma história verdadeiramente impressionante que exemplifica fielmente como se deu o processo de domesticação dos primeiros lobos, ocorrido ainda na pré-história.