Independência da Catalunha
A Independência da Catalunha é uma pauta que vigora há muitos anos no âmbito político espanhol.
A independência da Catalunha é um movimento que tem como principal objetivo separar a região da Catalunha, que atualmente pertence à Espanha.
Os catalães já tentaram em vários momentos a separação desse país. Em alguns deles, a população catalã utilizou a guerra como principal instrumento.
Entretanto, o século XXI tem presenciado articulações voltadas para o campo político. Assim, os catalães vêm tentando, por meio de referendos, conquistar a soberania da região.
A Espanha é um dos países que mais reúnem grupos étnicos variados, compostos de uma identidade que os diferenciam do país que compõem.
Assim, os espanhóis enfrentam diversos movimentos separatistas que clamam pela criação de uma constituição para as regiões habitadas por esses povos.
Com isso, é nesse contexto que a Catalunha se insere. Com um forte sentimento separatista, os catalães carregam consigo um nacionalismo enraizado.
Movimento separatista da Catalunha
O movimento separatista da Catalunha se intensificou nas últimas décadas, mesmo sendo um desejo antigo.
Foi no século XXI que a população catalã se mobilizou no âmbito político em prol da independência da região.
Em 2006, os políticos catalães conseguiram a aprovação do Estatuto de Autonomia que salientava o termo nação.
Tal documento foi rejeitado pelo Tribunal Constitucional Espanhol que defendia que seu texto tinha trechos inconstitucionais.
Posteriormente, diversas cidades organizaram consultas à população sobre a independência da Catalunha. O resultado estimulou que os políticos realizassem um referendo sobre a questão.
Como o governo central espanhol ficou insatisfeito com a medida, o governo catalão mudou o termo de referendo, para consulta popular.
Assim, em 2014 houve a primeira consulta popular em torno da independência da Catalunha. Mesmo proibida pelo governo central, a consulta reuniu milhares de pessoas em torna das urnas favoráveis à independência da região.
No dia 1° de outubro de 2017, outra consulta popular foi realizada. Ela contou com a participação de 42% do eleitorado.
No entanto, o Tribunal Constitucional da Espanha considerou o referendo como uma prática ilegal. Sendo assim, o presidente do governo ordenou o fechamento dos locais de votação com o uso da força.
Existe a crença de que cerca de 2 milhões de habitantes se manifestaram favoráveis à separação nas urnas.
Declaração de Independência da Catalunha
A Declaração de Independência da Catalunha foi criada a partir do resultado do referendo que a declarou um Estado independente. No entanto, nenhum país reconheceu a independência da região.
O primeiro-ministro espanhol interferiu, fechando o parlamento e convocando eleições. Várias pessoas foram presas e alguns dos líderes fugiram da Catalunha.
Causas do movimento separatista
São várias as causas que impulsionam o movimento separatista na Catalunha. Vejamos algumas delas:
- Recuperação da autonomia que lhes foi tirada;
- Autodeterminação no direito de decidir o destino político;
- Não reconhecem a cultura espanhola como sendo deles;
- Possuem idioma próprio, um dos fatos que comprovam sua identidade;
- É uma das regiões mais ricas da Espanha, por isso, pagam muitos impostos, mas não veem retorno em benefícios locais.
História da Catalunha
Durante a Idade Média, a Catalunha era um Estado autônomo. Tempos depois, foi incluída ao Reino de Aragão, mas sempre com autonomia.
Com o passar do tempo, a região é anexada ao Reino de Castela e o conflitos retornam. Com a ascensão de Filipe V ao trono espanhol, no século XVIII, os catalães se veem revoltados e lutam contra sua coroação.
Entretanto, o conflito terminou com a vitória de Filipe V que, assumiu a Coroa e proibiu tanto a língua catalã quanto a existência das instituições da região.
Século XX
A proclamação da Segunda República Espanhola, em 1931, possibilitou que a Catalunha se separasse da Espanha. No entanto, ela retorna ao conseguir um estatuto diferente.
Depois da Guerra Civil Espanhola (1936–1939), a região perdeu suas garantias. Além disso, foi proibido o ensino da língua catalã nas escolas e a reprodução de símbolos.
Somente em 1975, a problemática separatista voltou a fazer parte do panorama político espanhol, vigorando até os dias atuais.
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