Inteligência Artificial aponta as 6 áreas de trabalho que mais sofrem com burnout em pesquisa

Pesquisa da Way Minder com mais de 600 pessoas descobriu quais áreas corporativas sofrem níveis alarmantes de burnout. O resultado também avaliou cargos de liderança e o esgotamento profissional.

A síndrome de burnout é uma das doenças ocupacionais que mais afetam os profissionais. Por conta disso, a Way Minder, uma startup brasileira, decidiu avaliar os impactos do esgotamento profissional e as principais áreas de trabalho que sofrem com a doença.

Através de um estudo com apoio de Inteligência Artificial, a Way Minder identificou as 6 áreas profissionais que mais apresentam casos de burnout.

Apesar de ter se tornado uma grande preocupação no ambiente de trabalho nos últimos anos, somente em 2022 a Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou a síndrome de burnout como uma doença ocupacional.

A partir disso, as organizações precisaram se dedicar a propor soluções para essa doença de saúde mental. Agora, a análise da Way Minder oferece mais um dado importante sobre o burnout e os profissionais que enfrentam a doença.

O que é a síndrome de burnout?

A síndrome de burnout foi definida pela OMS como resultado de “um estresse crônico associado ao local de trabalho que não foi adequadamente administrado”.

É uma doença com três características principais:

  • Exaustão emocional ou falta de energia;
  • Negativismo e despersonalização;
  • Falta de realização profissional.

No entanto, além do esgotamento profissional, os colaboradores apresentam outros casos e sintomas de saúde mental por causa do ambiente de trabalho, como: ansiedade, estresse, depressão e insônia.

(Imagem: Freepik/Reprodução)

As 6 áreas que mais sofrem com burnout

Os dados do estudo foram coletados no mês de maio de 2023, com mais de 600 colaboradores em 17 empresas. A partir disso, a startup identificou as seguintes áreas com casos de burnout:

  • RH: 43 pontos;
  • Vendas: 42,11 pontos;
  • Educação: 42,1 pontos;
  • Liderança: 40,43 pontos;
  • Administrativo: 38,38 pontos;
  • TI: 36,61 pontos.

Em resumo, o questionário organizou o estágio de burnout em cada profissional, considerando os seguintes níveis: nulo, baixo, moderado, alto e grave. Cada área recebeu pontuações de acordo com os casos apresentados.

Desse modo, “os indicadores acima de 30 sinalizam que a fase da doença está em estágio moderado, acendendo sinal de alerta aos usuários e às empresas no monitoramento das emoções e no uso de estratégias que visam reduzir esse índice”, explicou Deivison Pedroza, CEO da Way Minder.

Portanto, os cargos nos setores de RH, Vendas, Educação, Liderança, Administrativo e TI são os que mais apresentam casos de esgotamento profissional no Brasil.

A síndrome de burnout em cargos de liderança

A pesquisa ainda conseguiu identificar como essa doença ocupacional se propaga entre cargos de liderança, como gestão e coordenação. Assim, todos os cargos abaixo apresentaram casos moderados da doença ocupacional.

  • CEO;
  • Diretor;
  • Sócio;
  • Gerente;
  • Coordenador;
  • Subgerente;
  • Supervisor.

Além disso, a análise considerou outros dados relevantes, apontando maiores pontuações entre os executivos de alto escalão e as pessoas da geração X (nascidos entre 1960-1980).

Para conseguir organizar o alto volume de respostas, a empresa usou uma tecnologia de IA chamada Eliis, um sistema de Inteligência Artificial generativa que consegue coletar informações por meio de um bate-papo.

De acordo com o portal de notícias Exame, o chatbot foi desenvolvido principalmente para interagir com colaboradores que não respondem a questionários online.

Apesar de esse resultado indicar as seis principais áreas de trabalho, o esgotamento profissional é uma doença ocupacional que se manifesta em quase todos os setores profissionais.

Por conta disso, a psicóloga Larissa Fonseca aponta que o principal método de tratamento é a psicoterapia, principalmente quando ela é combinada com sono adequado, alimentação saudável, mindfulness e exercícios físicos.

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