‘Irmãos de rim’: veja como a doação de órgãos uniu a vida de dois brasileiros

Dois homens criaram laços profundos e se tornam 'irmãos de rim' depois de receberem transplantes de órgãos do mesmo doador.

Dois rapazes passaram por uma mudança de vida e formaram um grande laço de amizade no momento mais inusitado. A espera por um transplante fez com que Rômulo e Cleverson formassem uma parceria para a vida toda e se tornassem “irmãos de rim”.

Enquanto aguardavam por um transplante renal no Hospital Universitário Cajuru, em Curitiba, Cleverson Meiras de Souza e Rômulo Messa Cardoso se tornaram grandes amigos.

Ambos enfrentavam o mesmo medo e viram que a conexão entre eles era um caminho positivo para compartilhar a nova jornada.

Para Cleverson, a amizade foi duplamente importante, pois ele não era de Curitiba e, apesar de muito esperado, o seu transplante exigia que ele ficasse longe de sua cidade durante a recuperação.

O encontro dos “irmãos de rim”

Em agosto de 2023, por uma decisão do destino, os dois receberam os órgãos do mesmo doador e, por isso, tiveram que passar pelos mesmos procedimentos enquanto aguardavam o momento da cirurgia.

Para Rômulo, tal ligação com o amigo foi muito importante para enfrentar os receios e as incertezas daquele momento. A parceria entre eles era um incentivo para a recuperação e a possibilidade de fazer planos.

“Recebi uma nova chance de viver e, ao mesmo tempo, alguém com quem compartilhar essa jornada de recuperação. Um ‘irmão de rim’ que logo se tornou um amigo para conversar, dar risadas e fazer planos”, enfatiza Rômulo.

(Imagem: Arquivo Pessoal/Reprodução)

Uma amizade inseparável

O destino ou as coincidências na vida dos dois foi além do dia da cirurgia. Para conseguir fazer a recuperação com os devidos cuidados, Cleverson, que mora em Foz de Iguaçu, ficaria em Curitiba por três meses.

Por isso, ele teve que procurar um local na cidade e, para a surpresa de todos, ele ficou hospedado em uma casa muito próxima à residência de Rômulo. Tal proximidade após a cirurgia fortaleceu o laço de amizade.

“Ele não poupou esforços para me ajudar, e, por meio dessa constante troca de informações e experiências diárias, está se consolidando uma amizade verdadeira que sei que vou carregar comigo para sempre”, disse Cleverson.

O grande laço entre os dois foi construído durante o importante processo de doação de órgãos. O Brasil é um país de referência nas cirurgias de transplante de órgãos e tecidos.

Em 2022, mais de 26 mil transplantes foram realizados no país, de acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).

No entanto, é crucial que o número de doadores de órgãos aumente no Brasil para que mais pessoas consigam ter a mesma experiência que os dois amigos que, agora, são “irmãos de rim”.

De acordo com o Governo Federal, a doação no país só é realizada com a autorização da família. Assim, é indispensável informar aos familiares sobre o seu desejo de se tornar um doador de órgãos e salvar vidas.

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