Jejum intermitente pode oferecer perigos, diz pesquisa

Método popular de perder peso rápido pode estar associado a distúrbios alimentares.

O jejum intermitente se tornou bastante popular nos últimos tempos. A prática consiste em não ingerir alimentos sólidos entre um período de tempo determinado, seja 14, 16, 24 horas ou até mais, de maneira programada, retornando a se alimentar normalmente logo após, de modo a dar preferência a alimentos com baixa quantidade de gorduras e açúcares.

Segundo os defensores desse estilo de vida, os principais benefícios são:

  • Diminuir o risco de doenças do coração;
  • Prevenir o envelhecimento precoce;
  • Desintoxicar o organismo;
  • Prevenir a flacidez;
  • Prevenir a diabetes;
  • Auxiliar no emagrecimento;
  • Prevenir a pressão alta;
  • Manter os níveis de triglicerídeos e colesterol regulados;
  • Acelerar o metabolismo.

Alguns desses benefícios só são encontrados se o jejum passar de determinada quantidade de tempo.

Possíveis riscos do jejum intermitente

Apesar dos benefícios indicados, a revista internacional Eating Behaviours apontou por meio de uma pesquisa recente alguns perigos que podem ser associados à prática. O estudo colheu dados no Canadian Study of Adolescent Health Behaviors, chegando à conclusão de que o jejum intermitente pode ser relacionado a distúrbios alimentares.

Segundo um dos autores do estudo, Jason M. Nagata, “as associações encontradas entre jejum intermitente e comportamentos de transtorno alimentar são particularmente salientes, dado o aumento significativo de distúrbios alimentares entre adolescentes e adultos jovens desde o início da pandemia”.

Nagata continua: “restringir a ingestão pode levar a outros comportamentos alimentares extremos. Ignorar a fome pode aumentar a fome, resultando em excessos e ao desencadeamento desse tipo de comportamento”.

Assim, foi verificado que, entre mulheres e homens, ambos sentiam alguma espécie de refluxo e vômitos enquanto praticavam a dieta. Por fim, restou como sugestão para quem ainda queira aderir à prática: Fazer o jejum pela noite, visto que o próprio corpo vê a não ingestão de alimentos no período como natural, já que estaria dormindo.

Cabe também ressaltar que os defensores do jejum também apresentam contraindicação para a prática, sendo que é recomendado que apenas pessoas saudáveis o façam. Entre os grupos contraindicados estão:

  • Pessoas com hipoglicemia, baixo peso, anemia ou alguma outra deficiência nutricional;
  • Pessoas com histórico de transtornos alimentares;
  • Crianças;
  • Lactantes;
  • Gestantes.

Finalmente, entre os perigos avaliados para os que realizam o jejum sem nenhum acompanhamento profissional, estão:

  • Perda de massa muscular;
  • Insônia;
  • Queda de imunidade;
  • Tonturas;
  • Náuseas;
  • Hipoglicemia;
  • Deficiência de nutrientes;
  • Alteração na produção de determinados hormônios.
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