La Niña: a ‘irmã’ do El Niño que deve chegar ao Brasil em breve

Ela deve dar as caras no segundo semestre de 2024, trazendo efeitos climáticos praticamente opostos aos de seu “parente”.

Em uma série de comunicados recentes, diversas entidades ligadas à previsão do tempo ao redor do mundo classificaram como provável a chegada da La Niña no segundo semestre deste ano.

Esse fenômeno climático deve substituir seu “irmão”, o El Niño, que causou um aumento considerável nas temperaturas ao redor do mundo em 2023.

Dentre as entidades que apontaram a chegada da La Niña está o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) e o INMET (Instituto Nacional de Meteorologia), que apontou um enfraquecimento do El Niño, fato que estaria “chamando” a La Niña para a cena.

“Apesar de atualmente estar classificado como forte, a intensidade do fenômeno [o El Niño] deve mudar de moderada para fraca nos próximos meses com possibilidade de formação do La Niña no segundo semestre”, disse a nota do INMET.

Anteriormente o NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica) já havia predito que o El Niño perderia força entre abril e junho, dando espaço para a La Niña a partir de julho.

Como age a La Niña?

Como já foi amplamente explicado por especialistas ao longo dos últimos meses, o El Niño provoca um aquecimento das correntes de água do Oceano Pacífico, o que desencadeia ondas de calor e seca pelo mundo.

Por sua vez, a La Niña provoca um resfriamento das águas localizadas na linha do equador do Pacífico, o que mexe no clima global de várias maneiras.

Isso acontece porque há uma confluência de massas de ar quente e úmido chamadas de ventos alísios, que sopram na direção do sudeste asiático e da América do Sul, provocando chuvas e uma queda na temperatura.

Os meteorologistas ainda estão discutindo como a La Niña vai afetar o clima do país, já que não tem como prever exatamente como o fenômeno age a cada vez que aparece.

Porém, espera-se que haja uma queda geral de temperaturas, aumento de chuvas e desbalanceamento dos níveis de umidade em algumas partes do país. Contudo, todo o país deve ser afetado de alguma maneira.

Apesar de o “calorão” do El Niño parecer estar indo embora, a La Niña também costuma trazer alguns efeitos potencialmente perigosos para o clima. Por isso, as autoridades seguem em alerta.

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