La Niña: fenômeno vai diminuir a temperatura global?
Eventos climáticos têm se tornado cada vez mais extremos por conta do aquecimento global.
O La Niña, um fenômeno meteorológico que surgiu nos últimos anos, deverá gerar um efeito contrário ao El Niño, que causou grandes ondas de calor no mundo desde o ano passado. No entanto, o possível resfriamento global não deverá ser tão intenso assim.
Apesar disso, há a expectativa de que o La Niña vá, ao menos, diminuir o calor excessivo. No Brasil, por exemplo, até mesmo no começo do outono, os dias ainda estavam quentes, com o maior calor da história já registrado no período.
Mas, com o novo fenômeno meteorológico, a expectativa era de que houvesse um resfriamento da temperatura global.
O que pode impedir um pouco isso é um possível aumento dos gases do efeito estufa, que já causaram também um aumento de 1,2º C na temperatura média mundial.
Como o La Niña funciona?
La Niña: fenômeno vai diminuir a temperatura global? Confira. Foto: Pixabay
Na prática, o La Niña promove o resfriamento da água do Oceano Pacífico. Ao contrário do El Niño, que causa aquecimento na mesma região, esse fenômeno pode perdurar por um período que varia de, no mínimo, um ano a, no máximo, três anos.
Apesar do resfriamento e da expectativa de maior frio no mundo, esse fenômeno também causa efeitos trágicos.
Por exemplo, ele é responsável por uma seca prolongada em muitas regiões da América do Sul, inclusive no Brasil, afetando principalmente o setor agropecuário, como o visto na região Sul do país em 2021 e 2022.
Além disso, o La Niña torna propício o surgimento de furacões no Oceano Atlântico, o que pode atingir o continente e causar grandes tragédias.
Inclusive, a previsão é de que se tenham até sete furacões de grande porte durante o ano de 2024, especialmente na América do Norte.
Fenômeno terá pouco impacto no verão
De acordo com os cientistas, essa possível volta do La Niña não deverá trazer grandes impactos durante o verão. Ou seja, o calor deverá ser novamente muito intenso, como foi no último período.
Até porque, como dito no início do texto, o resfriamento não será suficiente para diminuir a temperatura mundial. Dessa maneira, a sociedade vai precisar continuar convivendo com os eventos extremos que causam problemas.
Um dos casos mais recentes foi a tragédia no Rio Grande do Sul, em maio. Na ocasião, mais de 70% do estado foi afetado pelas chuvas e enchentes que devastaram cidades, inclusive a capital Porto Alegre.
E o La Niña não vai diminuir os efeitos do El Niño.
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