Mais de 10 espécies estão sendo ameaçadas de extinção na reserva do Paraná

Número de animais ameaçados de extinção em reserva foi identificado por pesquisadores do Programa Grandes Mamíferos, que alertaram sobre a possibilidade.

Cerca de 12 espécies de animais foram apontadas como as de maiores chances de serem extintas. A pesquisa foi concebida pelo Programa Grandes Mamíferos da Serra do Mar, que identificou a extinção ao norte do Paraná, na Reserva Natural de Salto Morato, mantida pela Fundação Boticário de Proteção à Natureza em Guaraqueçaba.

Entre as aves que estão sendo ameaçadas, o grande destaque vai para a Jacutinga, uma grande aliada na hora de semear a palmeira-juçara, uma planta que também corre o risco de ser extinta. Outra ave com tamanha relevância é o gavião-pombo-pequeno, aliado na conservação natural das florestas, que também é de origem brasileira.

As espécies de mamíferos que foram registradas como quase extintas, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), são a onça-pintada, gato-do-mato, gato-mourisco, puma – ou onça-parda – e gato-maracajá.

A gerente da Reserva Natural, Ginessa Lemos, comentou em nota sobre esta descoberta de possível extinção. O lugar funciona como uma espécie de amparo para esses animais que estão sendo ameaçados. Ela ressaltou a importância do funcionamento do mesmo.

“A Mata Atlântica é o bioma que possui mais espécies de fauna e flora ameaçadas de extinção, sobretudo, por ser um hotspot, área que possui muita riqueza natural e espécies endêmicas que só são encontradas ali”, destacou.

Reserva monta estratégia para reverter a situação

A organização da Fundação Grupo Boticário de Salto Morato atua como a principal remanescente de bioma em todo o mundo, fazendo parte da Grande Reserva Mata Atlântica. Para a descoberta de extinção, foram utilizados dados de 4 mil registros realizados em dez anos na reserva. Foi por meio desses registros que os pesquisadores fizeram a descoberta da extinção dessas espécies. Desde 1994, ela tem um papel indispensável na preservação das espécies e na construção de um ambiente saudável.

É realizada uma preservação e equilíbrio do ecossistema na fauna, como apontou a gerente da reserva: “Em 2021, tivemos o primeiro registro de filhote de puma. Isso é uma grande vitória para a conservação”, acrescentou.

“Hoje, a gente já colhe resultados importantes, como o aparecimento da onça-pintada. Dessa e de outras 11 espécies ameaçadas de extinção dentro de uma área que é considerada até pequena – 2.253 hectares –, mas bem expressiva em termos de biodiversidade”, ressaltou Ginessa Lemos.

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