Malala Yousafzai fala sobre as dificuldades da educação feminina no Brasil

De acordo com a vencedora do Nobel da Paz de 2014, as ações relacionadas à educação no Paquistão estão refletindo nas escolas brasileiras.

A vencedora no Prêmio Nobel da Paz de 2014, Malala Yousafzai, em uma entrevista para o programa Fantástico, comentou sobre a educação brasileira, principalmente tratando-se da educação de meninas.

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De acordo com ela, as ações relacionadas à educação no Paquistão estão refletindo nas escolas brasileiras. Um projeto muito legal reuniu jovens meninas da educação pública de todo o país, que escreveram um texto sobre o que querem na educação no Brasil.

Em um relato feito por uma jovem de 18 anos, Talita Nogueira, uma triste realidade dos moradores de comunidade é demonstrada. Ela conta que recentemente chegou triste à escola devido a uma operação policial, e que muitas vezes, por isso, ela não consegue chegar para as aulas ou acaba se atrasando. Segundo ela, nem sempre a escola entende o motivo da falta.

Malala também passou pela opressão da educação, e foi este o motivo que lhe deu o Nobel da Paz. Quando tinha apenas 15 anos, as mulheres do Paquistão eram proibidas de estudar, e ela tentou defender esse direito. Um dia, quando estava voltando da escola, ela foi baleada na cabeça por um grupo extremista e quase perdeu a vida.

Embora tenha se mudado para Londres, ela continua defendendo a educação. Segundo ela, os estudantes são o futuro do país, e suas opiniões devem ser ouvidas sempre. “Suas vozes devem ser ouvidas pelos que estão concorrendo nas eleições. Eles se tornarão os futuros líderes deste país e precisam garantir que os problemas que as meninas enfrentam não sejam ignorados”.

O projeto Rede Malala divulgou o relato de 21 meninas brasileiras sobre a educação, como o de Talita Nogueira. No documento há muita diversidade, com bastante espaço para as minorias relatarem suas experiências com a educação pública.

Malala entende essa diferença entre os desafios vividos pelas meninas, e defende haver diferentes barreiras para a educação brasileira, e todas elas precisam ser consideradas na hora de construir o ensino público. Além disso, ela defende que mesmo que as meninas tenham outros líderes à frente, elas podem dizer para eles o que precisa ser feito.

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