Maria-fedida: porque esse pequeno inseto fede tanto? Entenda agora!
Dá-se o nome de 'maria-fedida' a uma classe de insetos que fazem jus ao seu nome peculiar. Mas, o que está por trás do mal odor exalado por eles?
“Maria-fedida” ou “besouro fedorento” é o nome popular de um inseto conhecido cientificamente como Nezara viridula. Esse inseto é uma espécie de percevejo que emite um odor desagradável quando se sente ameaçado, dando origem ao apelido.
Possivelmente, você já se deparou com a maria-fedida, sobretudo, se for um agricultor, possuir uma horta ou andar pela zona rural. Tratando-se de uma praga, ela merece um destaque sobre os devidos cuidados.
Odor da Maria-fedida é, na verdade, uma estratégia
(Imagem: Shutterstock/reprodução)
O odor desagradável, frequentemente comparado a uma mistura de sujeira com um componente pungente, não é apenas uma característica peculiar da maria-fedida.
Na verdade, isso representa uma estratégia de defesa sofisticada que esses insetos desenvolveram ao longo de sua evolução.
A maria-fedida é equipada com glândulas especializadas que produzem uma substância química de odor intenso. Quando se sente ameaçada, ela libera esse líquido como um mecanismo de defesa para afastar possíveis predadores.
Esse odor é tão forte e desagradável que consegue dissuadir a maioria dos inimigos naturais da maria-fedida, incluindo pássaros e outros insetos carnívoros.
Além disso, o cheiro também pode ter a função de alertar outras maria-fedidas que estejam nas proximidades sobre a presença de um perigo iminente, funcionando, assim, como um sistema de alerta entre os indivíduos da espécie.
Essa habilidade de produzir e liberar um odor defensivo eficaz é uma adaptação notável que ajuda a maria-fedida a sobreviver em seu ambiente e a evitar ameaças potenciais. Isso a torna um exemplo interessante de como os insetos desenvolvem estratégias de sobrevivência ao longo do tempo.
Ademais, segundo Antonio Panizzi, um pesquisador proeminente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), esses insetos causam danos significativos às plantas por meio de uma técnica de alimentação única.
Enquanto se alimentam, eles injetam toxinas nas plantas e sugam os nutrientes simultaneamente. Esse processo resulta na desvalorização das safras e na redução da produtividade agrícola.
Isso representa consequentemente um sério desafio para agricultores e jardineiros que buscam proteger suas plantações e hortas.
Portanto, o controle e a gestão adequados da maria-fedida são essenciais para minimizar os danos causados por essa praga.
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