Ministra anuncia novas medidas de combate à desigualdade racial

O governo terá novas medidas de combate à desigualdade racial no próximo dia 21 de março,

Na última quinta-feira (16), a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, anunciou que o governo terá novas medidas de combate à desigualdade racial no próximo dia 21 de março, quando a criação da Secretaria de Políticas de Promoção para a Igualdade Racial (Seppir) completará 20 anos.

Também na tarde de quinta (16), Anielle Franco ministrou aula inaugural do semestre letivo na Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/Fiocruz).

Novas medidas de segurança

No próximo dia 21, haverá uma comemoração no Palácio do Planalto em que serão anunciadas medidas para aumentar a presença de mulheres negras no serviço público federal. Além disso, será instituída uma coordenação de saúde da população negra junto ao Ministério da Saúde e também serão tituladas seis terras de povos quilombolas que aguardam a regularização há mais de 20 anos.

A ministra prometeu também ações de educação e cultura junto a comunidades quilombolas nos primeiros 100 dias do governo, e lembrou que esse é um pedido do presidente Lula.

No discurso a alunos, professores e servidores da ENSP/Fiocruz, Anielle Franco relembrou os primeiros momentos após o assassinato de sua irmã, a vereadora Marielle Franco. “A gente não pode esquecer que a Mari foi vítima de um feminicídio político”, disse a ministra. “Eu jamais vou perdoar. Nunca vou perdoar terem olhado para aquela mulher discursando e não terem nunca pensado em ter uma segurança pra ela. Nunca na minha vida eu vou aceitar isso”, disse a ministra.

Além disso, a ministra reforçou que as mulheres negras são vítimas de violência política há anos, e que estudos conduzidos pelo Instituto Marielle Franco em 2020 e 2021 mostraram que esses casos são recorrentes.

“A Marielle precisou morrer, ser assassinada do jeito que foi, cruelmente, para que outras pessoas ganhassem segurança privada, carro blindado e tivessem a noção de que as políticas mulheres negras precisam de segurança também, além dos homens brancos”, afirmou Anielle Franco.

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