Monte Olimpo: cientistas descobrem detalhes FASCINANTES do maior vulcão do Sistema Solar
Através da observação de alguns traços geológicos, pesquisadores da agência espacial europeia puderam contar a história cronológica desse gigante. Confira!
A formação dos vulcões é um dos processos naturais que mais encanta os geocientistas, uma vez que representa um registro impressionante e dinâmico dos processos geológicos que moldam corpos celestes.
Vulcões são vistos como verdadeiras janelas para o interior da Terra. No caso de Marte, que também é um planeta rochoso como o nosso, isso não é diferente.
Os vulcões do Planeta Vermelho também são capaz de revelar pistas sobre a história geológica e as condições que prevaleceram ao longo do tempo.
Ao estudar a maior dessas estruturas, o Monte Olimpo, sua composição e os materiais expelidos durante as erupções, os geólogos conseguem reconstruir eventos passados e compreender os mecanismos que impulsionam a atividade vulcânica naquele planeta.
Recentemente, a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) usou a câmera High Resolution Stereo Camera (HRSC), presente na sonda Mars Express, para capturar imagens que representam a atividade vulcânica de Marte.
(Foto: ESA/DLR/FU Berlin/Canaltech/Reprodução)
O vulcão é verdadeiramente excepcional, visto que reina como o maior já registrado em todo o Sistema Solar até os dias de hoje.
Através de estudos realizados pela NASA, desvendou-se um fenômeno notável: uma espécie de auréola que se estende por centenas de quilômetros em sua base.
As recentes imagens apresentam uma riqueza de detalhes sobre Lycus Sulci, o nome atribuído a essa formação única que delineia os contornos dessa auréola.
Com essa visão telescópica, os cientistas têm a oportunidade de explorar e decifrar os intrincados padrões e características que compõem tal região vulcânica.
Viaje pela cronologia do maior vulcão do Sistema Solar:
- Há cerca de 100 milhões de anos, os flancos interiores entraram em colapso;
- Grandes fluxos de lava fluíram pelas encostas do vulcão nesse período, resultando em deslizamentos de rochas que desceram dos flancos até a base da montanha, onde havia gelo e água;
- A presença da lava quente teve um efeito significativo, provocando o derretimento do gelo e sua subsequente perda de estabilidade;
- Devido a essa perda de estabilidade, a borda rochosa do Olympus Mons cedeu e sofreu um colapso parcial, manifestado com grandes rochas e deslizamentos de terra;
- Tais deslizamentos tiveram uma distribuição que se estendeu parcialmente em direção às planícies vizinhas, resultando em uma alteração na topografia local;
- Porções de terra foram levadas para longe do vulcão durante os deslizamentos e acabaram se dispersando pela superfície marciana;
- Com o passar do tempo, essas porções de terra foram submetidas à compressão e separação, dando origem ao relevo que agora é visível nas imagens recentes de Lycus Sulci.
E você, já conhecia o Monte Olimpo de Marte?
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