Na Rússia, batalhões de voluntários estão sendo formados
Avaliação de analistas supõe que mais de 30 mil voluntários podem ser mobilizados para complementar as fileiras russas.
Uma avaliação de analistas supõe que mais de 30 mil voluntários podem ser mobilizados para complementar as fileiras russas. Em todo o país, batalhões estão sendo formados para se juntar a “operação militar especial”, como declarou o presidente Vladimir Putin em fevereiro.
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Não sendo necessária experiência militar relevante, a chamada foi enviada com apelo patriota, sendo espalhada de Murmansk, no Círculo Polar Ártico, à Perm, nos Urais e Primorsky Krai ao extremo oriente russo. Após cinco meses de combate, as fileiras russas se encontram esgotadas, e a perspectiva é de que cerca de 30 mil voluntários sejam mobilizados ao todo.
O presidente russo se mantém resistente à ideia de uma mobilização geral da Rússia, e esta última convocação é similar à da primavera do ano passado. Os batalhões reunidos são formados a fim de aumentar o efetivo militar sem a utilização de medidas drásticas, focalizando o investimento em zonas mais pobres e isoladas.
O impacto dos batalhões a serem formados mantém uma questão importante em aberto, logo que sua efetividade militar tende a ser inferior às unidades voluntárias chechenas, que estavam relativamente bem equipadas e com experiência militar superior.
Segundo a pesquisadora russa do Instituto para o Estudo da Guerra em Washington, Kateryna Stepanenko, parte dessas forças voluntárias participarão exclusivamente no apoio ao combate, como batalhões de logística e sinalização, enquanto outra parcela reforçará unidades militares já existentes ou formar batalhões de combate. A pesquisadora finaliza dizendo que “é improvável que o treinamento de curto prazo transforme voluntários sem experiência prévia em soldados eficazes em qualquer unidade”.
De todo modo, a Rússia continua em guerra com a Ucrânia há mais de cinco meses.
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