Não querem liderar: saiba o que a geração Z e millennials esperam do mercado de trabalho

Nova geração busca diferentes desafios no trabalho. Estudos recentes mostram que os jovens adultos têm ambições bem diferentes de seus pais.

Há dez anos, os jovens do mercado de trabalho tinham outra visão sobre seu ganha-pão. Se antes os funcionários almejavam chegar ao topo da carreira ou assumir alguma posição de gerência, os da geração z e millenials que entram no mercado de trabalho renegam a posição. Os jovens priorizam outros aspectos da empresa. Veja quais!

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Antes de qualquer coisa, é bom reforçar que não é que estes grupos não queiram trabalhar. Longe disso! Nos Estados Unidos, por exemplo, 55% da geração z se sentem pressionados a ter uma experiência de trabalho ainda no ensino médio. E mais: 75% deles estão mais preocupados em arranjar emprego do que com paqueras e relacionamentos.

O que acontece é que eles esperam coisas diferentes do que seus pais em suas carreiras. Se antes estabilidade e ficar por muitos anos em uma empresa eram prioridades, hoje esta é uma visão ultrapassada.

O que a geração Z e os millennials esperam do mercado?

Uma pesquisa feita pela empresa Gallup revelou que estas são as três coisas que pessoas nascidas entre 1989 e 2001 – que se sentem afundadas em traumas e incertezas – esperam de um trabalho:

  1. Que a empresa estime o bem-estar do funcionário;
  2. Que as figuras de liderança sejam éticas;
  3. Que a empresa se importe com diversidade e inclusão.

Ainda de acordo com esta pesquisa, a virada de chave começou durante a pandemia, sobretudo no que tange ao bem-estar das pessoas. Para eles, a saúde precisa estar em dia tanto fisicamente quanto mentalmente. Ambos os grupos esperam que a companhia tenha algum programa com o qual o empregado possa contar quando não se sente bem.

Quanto à ética, a mudança de comportamento começou um pouco antes. Os jovens adultos estão cansados de notícias de escândalos em grandes corporações e também estão mais cientes do que é um clima de trabalho tóxico.

Eles têm mais poder de cobrança e lutam pela paz entre os colegas.

Querem que todo tipo de pessoa seja bem-vinda na empresa. Eles exigem respeito, igualdade e inclusão. Além disso, esperam ver pessoas de todas as raças, orientações sexuais e identidades de gênero trabalhando juntas.

Trabalhar quando quiser e de onde quiser

Uma reportagem da revista Forbes também mostrou que a nova juventude busca mais flexibilidade acerca do local de trabalho. Para eles, bater ponto e trabalhar fisicamente em um escritório não é atraente.

As gerações em questão preferem o trabalho remoto – o famoso home office – e a flexibilização de horário. Para eles, este tipo de serviço está diretamente atrelado a uma maior qualidade de vida. Alguns até preferem um regime híbrido: alguns dias em casa e outros no escritório.

Ainda de acordo com a Forbes, uma tendência entre os novos trabalhadores é não assumir tarefas além das suas funções. Este é um movimento chamado de quiet quitting. Eles defendem que fazer além do que está acordado é uma perda de tempo, além de um esforço desproporcional ao salário recebido.

Mais rotatividade

Um dos comportamentos mais característicos observados entre os mais jovens é a troca de emprego em períodos relativamente curtos. A geração z e os millennials não têm medo de sair de um trabalho no qual começou há três meses para dar início a outro.

Para o consultor de carreira da Universidade de Harvard Gorick Ng, a grande explicação pode estar nas expectativas frustradas com o emprego. “Nenhum trabalho é tão empolgante quanto o que vemos nos filmes e na televisão”, afirma. Para ele, os grupos têm dificuldade de lidar com o tédio e a frustração, pois estão acostumados com as recompensas de curto tempo das redes sociais.

Além disso, segundo ele, o grande acesso à informação das novas gerações os leva a ter mais opções.

“Mais opções significa mais rotatividade, o que significa mais pressão sobre os empregadores para provar que eles priorizam e engajam os talentos”, reforça.

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