No Quênia, seita de jejum mata 89 pessoas ao usar promessa de cunho religioso
Líder religioso afirmava que as pessoas poderiam conhecer Jesus se fizessem o jejum, levando mais de 80 pessoas ao óbito.
No último dia 27, no Quênia, o pastor Ezekiel Odero foi preso indiciado por ser responsável pela morte de mais de 80 fiéis. Os relatos começaram a surgir no dia 23 de abril, quando a polícia começou a investigar o caso e descobriu várias denúncias envolvendo o líder religioso, com muitas pessoas morrendo por causa de um jejum.
Cerca de 11 pessoas foram levadas ao hospital pela recusa em se alimentar, dizendo que estavam cumprindo com parte de uma promessa realizada na Igreja Internacional das Boas Novas. A polícia revelou que 89 membros da igreja foram mortos até o momento da prisão, podendo ultrapassar 100 mortos.
Os corpos foram encontrados ao leste do Quênia, em Malindi, o que representa um crescimento significativo das igrejas evangélicas no local. No entanto, os rituais dessa denominação em específico se assemelham a uma espécie de seita, fugindo a regra de outros lugares semelhantes.
O mistério que envolve a morte dos fiéis no Quênia
O líder religioso diz ser um pastor que leva a palavra de Jesus Cristo à comunidade no Quênia. Parece que a rigidez pelo qual enfrenta a religião fizeram com que muitos fiéis entrassem em uma seita para perderem suas vidas.
De acordo com a CNN Brasil, o líder religioso previu que o fim do mundo iria acontecer no dia 15 de abril, alegando que seus seguidores deveriam fazer jejum para encontrar Jesus. A quantidade de mortos registrados já faz parte do pior acontecimento da história recente, pois a Cruz Vermelha do Quênia estima que existam mais de 300 pessoas desaparecidas.
Essa programação vem acontecendo há alguns anos, quando líder religioso estimula seus seguidores a praticarem o jejum, permanecendo longos dias sem ingerir alimentos e sem bebidas. Desta vez, o pronto socorro local informou que muitas pessoas chegaram desidratadas, sem forças, fortemente afetadas pelas consequências de dias sem comer.
O caso ganhou repercussão e tornou-se irrepreensível até mesmo para os fiéis que praticam a religião. Para as autoridades locais, são atitudes consideradas como abuso de poder, quando fazem uso da fé para garantir visibilidade.
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