Número de jovens em sofrimento mental aumenta e coloca sociedade em alerta

De acordo com pesquisa do Datafolha, mais jovens estão enfrentando problemas de saúde mental, que geram impactos negativos para a convivência e desenvolvimento socioemocional

As redes sociais são valiosas fontes de informações úteis para quem quer entender os hábitos dos jovens e dos adolescentes ao redor do mundo.

É possível usar o mundo digital para observar o aumento do número de jovens que relatam suas experiências com os sentimentos de angústia, ansiedade, depressão e outros sofrimentos mentais.

Até mesmo fora da internet, muitos jovens estão apresentando comportamentos de transtornos que, antigamente, eram assumidos apenas por pessoas mais velhas.

Esses registros online apontam para um grande alerta social de que cada vez mais pessoas da faixa etária entre 15 e 29 anos enfrentam alguma questão de saúde mental.

Inclusive, uma pesquisa do Datafolha apontou que 8 em cada 10 jovens dessa faixa etária passaram por dificuldades recentemente, como crises de ansiedade, problemas de concentração e pensamentos negativos.

Além disso, 76% dos homens dessa faixa etária relataram que foram afetados por algum quadro de saúde mental. Em contrapartida, 90% das mulheres apontaram enfrentarem algum problema.

Em resumo, os dados apontam que o público feminino é maioria por conta da violência contra à mulher e da vulnerabilidade social.

Um outro ponto que influencia a atual situação dos adolescentes e jovens é a experiência durante o período de isolamento e mudanças de hábitos provocadas pela pandemia.  

As pessoas em geral ainda estão superando os sentimentos de solidão, medo e incerteza que enfrentaram. Principalmente, os jovens que foram retirados do seu convívio social escolar durante um período crucial para o desenvolvimento de habilidades socioemocionais.

O que pode ser feito para ajudar jovens em sofrimento mental?

Em primeiro lugar, é importante reduzir o estigma relacionado aos quadros de saúde mental, diminuindo o preconceito e os estereótipos associados ao assunto.

Os jovens precisam de abertura para buscar ajuda e de espaços de escuta para que possam contar o que estão sentindo.

Outro ponto importante é o investimento em informação sobre o tema, pois, tanto na escola quanto em casa, os jovens precisam desenvolver a compreensão sobre o que estão enfrentando, além de ter acesso a uma rede de apoio e ajuda profissional, como terapia.

Além disso, é essencial perceber as mudanças de comportamento e interesses para conseguir intervir precocemente no sofrimento mental dos jovens em caso de sintomas. O sofrimento mental dos jovens é um alerta preocupante para o futuro de todos.

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