Pandemia e a fogueira do burnout: A crise silenciosa dos trabalhadores

O ambiente de trabalho tem registrado diversos casos de Burnout e atingiu a maior proporção durante o cenário pandêmico.

Vários problemas mentais foram causados pelo distanciamento social da pandemia, incluindo o Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional, que afeta diretamente o emocional dos trabalhadores, com sensações frequentes de exaustão, tristeza, esgotamento físico e mental.

Isso é comum em áreas profissionais que demandam alta responsabilidade e competitividade. O aumento da síndrome é real e pode ser visto em todo o mundo.

Crescimento do Burnout

Um estudo publicado em 2021 nos Estados Unidos revelou que dos 1,5 mil trabalhadores com Burnout, 67% dos casos foram causados pela pandemia da Covid-19. No entanto, mesmo com a diminuição das restrições de distanciamento social, os sinais da Síndrome de Burnout não diminuíram e os casos continuam a aumentar.

O mercado de trabalho foi modificado após o distanciamento social, com novos ambientes de trabalho apresentados aos trabalhadores, muitos dos quais estão exaustos.

Uma pesquisa recente do Future Form, também nos EUA, mostrou que 42% dos mais de 10 mil trabalhadores analisados estão sofrendo com Burnout. Essa estimativa é a maior desde 2021, durante a pandemia.

No Brasil não é diferente. Em 2020, um estudo com professores do ensino fundamental em uma cidade do interior de São Paulo mostrou que 27,1% dos professores tinham sintomas moderados a graves de Burnout. O estudo destaca o impacto do ensino a distância e das mudanças nas condições de trabalho causadas pela pandemia.

Existe solução?

Existem várias soluções e estratégias de enfrentamento para a síndrome de burnout, que é um estado de exaustão física, emocional e mental causado pelo estresse crônico no trabalho. Aqui estão algumas abordagens que podem ajudar a lidar com a síndrome de burnout:

  • Identificar a causa: É importante reconhecer os fatores que estão contribuindo para o burnout e, se possível, abordá-los diretamente, seja ajustando as expectativas, delegando tarefas ou buscando apoio de colegas e supervisores.
  • Estabelecer limites: Definir limites entre trabalho e vida pessoal é essencial. Isso pode incluir horários específicos para responder a e-mails, limitar o uso de dispositivos eletrônicos fora do trabalho e reservar tempo para atividades fora do trabalho.
  • Praticar o autocuidado: Priorizar o autocuidado é fundamental para prevenir e gerenciar o burnout. Isso inclui dormir o suficiente, se alimentar de forma equilibrada, fazer exercícios físicos e buscar atividades relaxantes ou recreativas.
  • Gerenciamento do estresse: Aprender técnicas de gerenciamento do estresse, como meditação, yoga, exercícios de respiração ou terapia cognitivo-comportamental, pode ajudar a lidar com o estresse crônico e prevenir o burnout.
  • Fortalecer conexões sociais: Ter uma rede de apoio social sólida, tanto no trabalho quanto na vida pessoal, pode fornecer alívio emocional e ajudar a enfrentar situações estressantes.
  • Procurar ajuda profissional: Se o burnout estiver afetando significativamente a saúde mental e a capacidade de funcionar no trabalho e na vida pessoal, buscar o apoio de um profissional de saúde mental, como um psicólogo ou psiquiatra, pode ser benéfico.

Lembre-se de que cada pessoa é única e que as soluções para o burnout podem variar de acordo com a situação e as necessidades individuais. É fundamental monitorar continuamente o próprio bem-estar e ajustar as estratégias conforme necessário para prevenir e gerenciar a síndrome de burnout.

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