Saiba porque o Google entrou com pedido de falência na Rússia
Governo local já confiscou as contas da empresa de tecnologia.
O conflito entre Ucrânia e Rússia vem provocando uma série de retaliações de diferentes empresas do ocidente, inclusive da Google. A gigante da tecnologia, após se recursar a apagar conteúdos que o governo de Vladmir Putin considera ilegal e restringir conteúdos governamentais no YouTube, pretende declarar falência após autoridades confiscarem suas contas.
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Como o confisco de contas impacta a empresa no país?
De acordo com as notícias divulgadas, já em abril deste ano, as autoridades russas apreenderam mais de 1 bilhão de rublos (R$ 76 milhões) da companhia norte-americana no país. Porém, até então, não havia sido confirmado pelos dirigentes que sua conta bancária inteira tinha sido apreendida.
Com isso, ao restringir as contas bancárias do Google na Rússia, a empresa não consegue realizar o pagamento de seus funcionários e colaboradores. Dessa forma, segundo um porta-voz da big tech, as operações na região se tornaram insustentáveis.
Além disso, desde que Moscou passou a enviar milhares de tropas para o território ucraniano em fevereiro deste ano, o Google já havia afastado muitos de seus funcionários, mesmo alguns permanecendo no país. Felizmente, alguns serviços gratuitos, como o mecanismo de busca e o YouTube, continuarão gratuitos para os seus usuários.
O pedido de falência
Segundo o Google, o confisco das contas ainda não foi o principal motivo pelo pedido de falência. Inclusive, a empresa está sendo multada e restringida pelo governo russo há um bom tempo. Em dezembro do ano passado, receberam uma taxa de 7,2 bilhões de rublos (R$ 550 milhões) por também não apagar conteúdo que era considerado ilegal. Depois, segundo dados oficiais de justiça, foram adicionados mais 506 milhões de rublos (R$ 38,3 milhões).
No geral, essas informações que querem restringir são relacionadas a publicações e dados que contrariam as autoridades russas ou apoiam a Ucrânia. Ao longo das últimas semanas, as tensões entre as big techs e o governo de Vladimir Putin vem escalando cada vez mais.
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