O que aconteceu com o asteroide que se desintegrou na atmosfera? NASA explica
NASA detecta e monitora asteroide que se desintegra sobre a Sibéria.
No último dia 3 de dezembro, um fenômeno natural impressionou a Sibéria. Um asteroide chamado COWECP5 entrou na atmosfera terrestre e gerou um espetáculo visual ao se desintegrar. O evento foi inicialmente motivo de preocupação, mas logo se descartou qualquer risco significativo.
O asteroide, com apenas 68 centímetros de largura, foi identificado pelo sistema de defesa global da NASA e, graças a um monitoramento preciso, os especialistas acompanharam sua trajetória e confirmaram que ele não traria grandes implicações para a Terra.
Embora pequeno, o COWECP5 foi avistado em Yakutia, na Sibéria, às 16h15 do horário local. Moradores relataram ver uma “bola de fogo muito brilhante”, um espetáculo tanto breve quanto memorável.
Asteroide passou pela Terra no começo de dezembro – Imagem: reprodução/Javier Miranda/Unsplash
O papel essencial do sistema ATLAS
O Sistema de Último Alerta de Impacto Terrestre de Asteroides (ATLAS) foi fundamental nessa situação e destacou-se pela sua eficácia no monitoramento atual.
A tecnologia, projetada para identificar asteroides potenciais dias antes de sua chegada, notou o COWECP5 apenas sete horas antes de sua entrada; tal rapidez garantiu uma resposta precisa dos cientistas.
O Observatório Nacional Kitt Peak, com apoio da NASA, também participou do rastreamento do asteroide antes de sua entrada.
Os cálculos forneceram dados exatos sobre a trajetória do astro e o ponto de impacto, como mencionado por Richard Moissl, chefe da defesa planetária da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês).
Avanços na proteção planetária
A precisão na detecção do COWECP5 demonstra importantes progressos na defesa terrestre contra objetos celestes.
Segundo o professor Alan Fitzsimmons, da Queen’s University Belfast, esses eventos, apesar do tamanho pequeno do asteroide, são espetaculares e reforçam a importância das tecnologias de monitoramento.
O caso marca a décima segunda previsão exata de eventos dessa natureza desde 2008. A cada ocorrência, sistemas como o ATLAS aprimoram suas capacidades, com o uso de telescópios globais para expandir ainda mais suas análises e garantir a segurança do nosso planeta.
Comentários estão fechados.