O que impede o genoma humano de ser totalmente decifrado?
Desde a década de 1990, cientistas buscam determinar a sequência de mais de 3,2 bilhões de pares base do genoma humano.
Em 1990, um dos projetos mais ambiciosos da humanidade surgiu: O Projeto Genoma, um consórcio internacional que reunia investimento robusto em pesquisa. Aqui, o grande objetivo era conseguir determinar a sequência total do DNA humano, o que, até hoje, não aconteceu.
Afinal, por que o genoma humano nunca foi totalmente decifrado?
Os avanços na genômica
Certamente, a medicina genômica foi uma revolução completa na história da humanidade e muito disso se deve certamente ao Projeto Genoma. Isso porque foi por meio dessa iniciativa que foi possível decifrar uma grande maioria do DNA humano. Por exemplo, em 2003, o projeto dizia ter completado o genoma humano, mas faltava cerca de 8%.
Ainda assim, essa marca permitiu que os cientistas conseguissem dar início a uma medicina que fosse personalizada. Com isso, dizemos que começou a ser possível mapear com mais precisão a tendência de doenças hereditárias, além de conseguir reconhecer nossas origens pessoais e enquanto espécie humana.
Em 2021 houve o anúncio de uma nova tentativa de completar o genoma humano por meio de um novo consórcio. Esse seria o consórcio Telometer-to-Telometer que conseguiu ir além nesses 8% que faltava. Entretanto, eles também tiveram problema com alguns lugares inacessíveis do DNA humano, porém agora com um entendimento mais específico sobre o que falta.
O que falta para decifrar o genoma humano?
Após as descobertas do novo consórcio, criou-se um entendimento na comunidade científica de que cada pessoa tem um DNA inteiramente exclusivo. Isso quer dizer que é impossível estabelecer um padrão preciso que sirva para toda a humanidade. Ao invés disso, é preciso investigar, individualmente, o genoma.
Isso abre ainda mais a perspectiva da necessidade de uma medicina personalizada que consiga reconhecer em nosso DNA o potencial para doenças. Assim, seria possível criar tratamentos prévios que impedissem o desenvolvimento de células cancerígenas, por exemplo. Ao que tudo indica, a medicina caminha para esse ponto, o que pode melhorar muito a saúde das pessoas.
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