O que os países com maior expectativa de vida podem nos ensinar?

Chamadas de Zonas Azuis, essas localidades são conhecidas por terem idosos mais saudáveis e com expectativas de vida altas, muitas vezes ultrapassando os 100 anos.

O documentário “Como Viver até os 100: Os Segredos das Zonas Azuis”, disponível na Netflix, tem gerado interesse e reflexão sobre a longevidade em todo o mundo.

As Zonas Azuis são regiões onde as pessoas vivem não apenas mais, mas de maneira mais saudável, frequentemente ultrapassando um século de vida. Esses locais da longevidade incluem:

  • Okinawa, no Japão;

  • Barbagia, na Itália;

  • Loma Linda, nos EUA;

  • Icária, na Grécia;

  • Península de Nicoya, na Costa Rica.

As Zonas Azuis

A expectativa de vida nas Zonas Azuis desafia as estatísticas globais, e é fascinante entender o que tais comunidades têm a nos ensinar.

No Brasil, por exemplo, temos uma expectativa de vida de cerca de 77 anos. Um número expressivo, mas que há menos de um século era de apenas 45 anos.

(Imagem: divulgação)

O conceito das Zonas Azuis foi introduzido pelo pesquisador Gianni Pes e popularizado por Dan Buettner, que explorou esses lugares no documentário citado.

O que as regiões têm em comum é a ênfase em um estilo de vida saudável e equilibrado, que vai muito além dos fatores genéticos.

Buettner destaca que apenas cerca de 20% de nossa longevidade é determinada por nossa genética, enquanto o restante está diretamente relacionado ao nosso estilo de vida.

Dicas para uma vida mais longa e saudável

Tais comunidades compartilham algumas características de estilo de vida que chamam atenção:

  • Foco na família: em todas as Zonas Azuis, a família é uma prioridade, proporcionando apoio emocional e social;

  • Sem tabagismo: centenários nas Zonas Azuis não fumam, o que é um fator crucial para a saúde;

  • Dieta à base de plantas: a maioria dos alimentos consumidos é derivada de plantas, incluindo leguminosas, soja e tofu;

  • Atividade física moderada: os exercícios físicos são uma parte natural da vida diária, como caminhar e cuidar do jardim;

  • Envolvimento social: pessoas de todas as idades são socialmente ativas e integradas em suas comunidades;

  • Alimentação controlada: a prática de parar de comer quando estão 80% satisfeitos é comum, evitando excessos;

  • Consumo de álcool moderado: em algumas Zonas Azuis, o vinho tinto é consumido com moderação;

  • Propósito de vida: ter um propósito e perseguir paixões é valorizado;

  • Lazer e descanso: trabalhar menos, descansar e tirar férias são prioridades.

Essas comunidades também possuem dietas específicas e práticas culturais que contribuem para suas vidas longas e saudáveis.

Por exemplo, em Okinawa, a dieta é essencialmente vegetariana, rica em vegetais, tofu e alimentos ricos em antioxidantes.

Em contraste, na Barbagia, a simplicidade alimentar e a ênfase em alimentos cultivados localmente são essenciais.

Em Loma Linda, nos EUA, a comunidade adventista do sétimo dia enfatiza a saúde e segue diretrizes rigorosas, como vegetarianismo, exercício físico e descanso regular.

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