Os fatores de formação dos solos
Os fatores de formação dos solos, que são: a rocha matriz, o clima, o relevo, os organismos vivos e o tempo.
Sabemos que os solos não são iguais em todos os lugares. Em termos de classificação, existem centenas ou até milhares de tipos diferentes, a depender do critério utilizado em sua análise. Mas, por qual motivo os solos se apresentam de formas, composições químicas, cores e até níveis de fertilidade diferenciados? Isso ocorre porque cada um deles foi exposto às diferentes combinações entre os fatores de formação dos solos, que são: a rocha matriz, o clima, o relevo, os organismos vivos e o tempo.
A seguir, vamos compreender mais detalhadamente como cada um desses fatores interferem no processo de pedogênese.
Formação dos solos – Rocha matriz
Rocha matriz: se considerarmos as rochas a partir de sua gênese, elas podem ser classificadas em ígneas intrusivas, ígneas extrusivas, metamórficas e sedimentares. Portanto, a depender do tipo de rocha que dá origem ao solo em seu processo de formação, diferentes composições químicas e minerais esse solo irá apresentar.
Veja também: O Processo de Formação dos Solos
Por exemplo: o relevo brasileiro, em um passado geologicamente distante, sofreu com muitos derramamentos vulcânicos em sua região centro-sul, constituindo uma rocha específica chamada basalto, entre outros tipos semelhantes. Essa rocha, posteriormente, deu origem a um tipo de solo avermelhado bastante fértil, chamado de terra roxa. Em uma situação diferente, uma rocha sedimentar com baixa concentração de calcário (CaCO3) iria originar um solo arenoso e quimicamente pobre.
Formação dos solos – Clima
Clima: a interferência dos fatores climáticos sobre a formação do solo acontece a partir da regulação de alguns elementos, como a umidade, os ventos e, principalmente, o regime de chuvas, o que afeta em maior ou menor grau o intemperismo da rocha matriz. A tendência é que, quanto mais quente e úmido for o ambiente atmosférico – algo comum em regiões de climas tropicais e equatoriais – mais rápida e intensa será o processo de decomposição da rocha, uma vez que os intemperismo físico e químico serão acelerados.
Formação dos solos – Relevo
Relevo: em regiões onde as formas de relevo são mais acentuadas, a presença de declividades é mais comum. Nesses locais, os solos tendem a ser pouco profundos e menos desenvolvidos, uma vez que em áreas íngremes a água proveniente das chuvas tende a escoar e não a infiltrar, o que diminui a incidência do intemperismo. Já regiões mais planas, por outro lado, tendem a favorecer a ação dos agentes exógenos de transformação do ambiente, o que contribui para acelerar a pedogênese.
Formação dos solos – Organismos vivos
Organismos vivos: a presença de organismos vivos também irão condicionar o processo de formação dos solos, uma vez que muitos deles agem naquilo que chamamos de intemperismo biológico ou químico-biológico através da liberação de diferentes substâncias. Com isso, quanto mais material orgânico e seres vivos existirem nesse solo, mais intensificado será o seu processo de constituição. Além disso, eles irão interferir em outras instâncias, como o grau de fertilidade e a composição química.
Formação dos solos – Tempo
Tempo: refere-se ao período quantitativo em que a rocha matriz foi exposta às condições ambientais. Assim sendo, regiões de solos jovens, tendem apresentar menor profundidade em comparação com regiões geologicamente mais antigas. A maior parte do território brasileiro é considerada antiga, o que, combinado à presença de umidade e calor na maior parte do país, faz com que tenhamos muitos solos de perfil mais bem desenvolvido.
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