Países europeus estão banindo celulares na escola; Holanda decreta o fim de dispositivos na sala de aula
De acordo com o ministro da educação holandês, a decisão tem como objetivo melhorar os níveis de concentração dos alunos em sala de aula. As medidas entram em vigor a partir de 2024.
No último dia 4 de julho, a Holanda anunciou que vai banir celulares, tablets, relógios inteligentes e outros dispositivos móveis das salas de aula.
Segundo o governo holandês, a decisão foi tomada para afastar distrações e melhorar a concentração dos alunos durante o horário de ensino.
A medida não é uma novidade nos países europeus. Em 2018, a França proibiu que alunos com menos de 15 anos usassem celulares nas dependências da escola, mas ainda enfrenta resistência dos alunos.
Da mesma forma, a Finlândia está caminhando para alterar a legislação a fim de restringir os dispositivos móveis nas instituições de ensino.
Robbert Dijkgraaf, ministro da Educação da Holanda, acredita que os aparelhos celulares não são objetos benéfícios para a sala de aula, apesar de serem itens essenciais em nossas vidas.
Ele ainda afirma que essa proibição trará mais oportunidades de aprendizado e concentração aos estudantes holandeses.
O novo decreto da Holanda entra em vigor em 2024 e não tem consequências legais para quem não aderir à resolução. O país também já anunciou que o posicionamento será revisto e avaliado no final de 2024-2025.
Entenda a polêmica sobre o uso de celulares na sala de aula
A decisão europeia traz à tona a discussão sobre os benefícios e prejuízos da tecnologia dentro da sala de aula. Além disso, reforça os dados científicos que afirmam que diminuir o contato com as telas dos celulares melhora a cognição, a concentração e o desempenho escolar.
Por outro lado, o uso da tecnologia na educação pode facilitar o acesso aos conteúdos multimídia e promover atividades mais interativas.
Além disso, desperta o interesse em alunos de diferentes idades, por conta da aproximação com o universo digital, que muitos estudantes já convivem diariamente.
Para o ministro da Educação: “Os alunos devem ser capazes de se concentrar ali e ter todas as oportunidades para aprender bem. Sabemos, por pesquisas científicas, que os celulares atrapalham isso.”
Apesar de anunciar a proibição, a Holanda liberou os celulares em aulas que trabalham habilidades digitais. Além disso, afirmou que o uso será permitido para alunos com necessidades médicas e deficiências que exigem o uso dos aparelhos digitais.
Em resumo, o posicionamento dos países europeus sobre o uso de celulares na escola ainda reforça que as instituições de ensino estão buscando o equilíbrio que consiga unir a acessibilidade da tecnologia e o aprendizado nos dias atuais.
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