12 países para estudar de graça – ou quase – no exterior

Confira para onde ir na Europa e América do Sul se quiser estudar com baixo custo e, de quebra, ter a experiência de morar fora do país.

Na literatura clássica brasileira, é comum encontrar personagens, normalmente, de classes altas, que passaram tempos estudando “no estrangeiro”. Aliás, até bem pouco tempo, estudar no exterior era restrito a pessoas com alto poder aquisitivo.

Hoje, a história é outra. Mesmo sem o benefício das bolsas de estudo, é possível cursar graduação ou pós-graduação em países da Europa e América Latina de graça ou, pelo menos, pagando anuidades simbólicas.

Além disso, são países em que o custo de vida, normalmente, não é muito alto, o que facilita a vida do estudante. Confira, abaixo, a lista de países com universidades abertas para estrangeiros de forma gratuita ou com preços bem camaradas.

Argentina

Antes de sair cruzando o Atlântico, que tal dar uma olhada nos países vizinhos? Na Argentina, por exemplo, 66 das 131 instituições de ensino são gratuitas, inclusive, algumas bastante renomadas, como a Universidade de Buenos Aires (UBA).

Habitualmente, as universidades não exigem vestibular. Primeiro, é necessário que o estudante faça o Ciclo Básico Comum (CBC), com disciplinas relacionadas ao curso que escolheu. Se aprovado em todas elas, o acesso à graduação é garantido.

Porém, além do CBC, universidades podem exigir certificado de proficiência em espanhol. Mais informações podem ser obtidas pelo site oficial do governo.

Portugal

Além de muitas universidades considerarem o desempenho do Enem entre os critérios para ingresso, alguns cursos de pós-graduação têm preços muito acessíveis na terrinha.

Dicas: mestrado em Engenharia Informática e Sistemas de Informação na Universidade Lusófona com duração de dois anos a 720 euros. Mestrado em Energias Sustentáveis no Instituto Politécnico do Porto com duração de dois anos a 950 euros.

Alemanha

O país tem se tornado um dos favoritos entre os estudantes brasileiros, inclusive, pela fama de investir nos talentos acadêmicos. Por lá, as universidades não cobram anuidades para graduação. Já nos cursos de mestrado, os preços são simbólicos conforme o estado.

Quem quiser fazer um doutorado ou, ainda, o PhD, estes, também, são de graça. Pode ser que, dependendo da instituição, seja cobrada uma contribuição semestral entre 150 e 200 euros.

Ademais, o país oferta mais de 800 programas de pós-graduação em Inglês. Legal, né? E, sabe o que é mais interessante? Além de ser linda, a Alemanha tem baixo custo de vida para estudantes! Sim, normalmente, os gastos com acomodação, alimentação, transporte e despesas gerais ficam entre 500 e 700 euros mensais!

Porém, um alerta. O governo pode pedir comprovação de que o estudante consegue se manter por lá. Universitários brasileiros têm permissão para trabalhar por 120 dias no ano em período integral ou 240 dias em meio período.

Dica: mestrado em Ciências Econômicas na Universidade de Hohenheim, em Stuttgart. As 45 vagas saem ao custo de 160 euros para taxas administrativas.

Áustria

As universidades austríacas podem cobrar de 363 a 726 euros semestrais de estudantes estrangeiros, além da taxa de 17,50 referente à participação na União dos Estudantes.

Quanto ao custo de vida, este gira em torno de 800 euros por mês.

Noruega

Já pensou em estudar pertinho daqueles fiordes de arrepiar e, ainda, morar no país que apresenta um dos melhores índices de qualidade de vida do mundo? Assim, é a Noruega! As universidades norueguesas não cobram anuidade, mesmo de alunos estrangeiros.

A regra é válida para graduação, mestrado e PhD. Porém, as instituições cobram uma taxa semestral variando de 300 a 600 coroas norueguesas, o que equivale a R$ 141,00 a R$ 282,00.

Outra vantagem é que muitos deles são ministrados em inglês. O único ponto é que o custo de vida é alto. Lá, um estudante pode desembolsar até R$ 3 mil por mês com despesas. Para ajudar, universitários estrangeiros podem trabalhar até 20h semanais.

Dica: mestrado em Economia na Universidade de Oslo com duração de dois anos.

Luxemburgo

A grande parte dos programas acadêmicos de nível superior não tem cobrança de mensalidade, mesmo para estrangeiros. Alguns cursos cobram, apenas, taxas módicas semestrais que podem se aproximar aos 600 euros por período.

Outra taxa cobrada é a de 100 euros para matrícula que deve ser paga, também, semestralmente.

Suécia

Para estudar de graça na Suécia, é necessário pertencer à União Européia, Zona do Euro, Países Nórdicos ou Suíça.

Estudantes estrangeiros podem tentar bolsas de estudos parciais ou integrais em instituições como o Swedish Institute. Doutorados podem promover a admissão em condições remuneradas, seja através das universidades ou entidades externas. Ou seja, o estudante será pago ao invés de desembolsar valores com mensalidades.

França

As opções de estudo na França, quanto a custo, variam conforme o idioma e o nível acadêmico dos cursos. Caso escolha cursos ministrados em inglês, as cerca de 80 opções podem chegar aos 12 mil euros!

Porém, quem é fluente em francês podem optar entre as universités e écoles. Nas primeiras, graduação e mestrado podem sair ao custo de 200 a 400 anuais. Já as écoles são mais específicas, com cursos nas áreas de engenharia, por exemplo. Nelas, as anuidades podem se aproximar aos 600 euros.

A boa notícia é que o custo de vida para um estudante universitário é barato, beirando os 430 euros mensais. Quem quiser, pode trabalhar por até 964 horas anuais.

Dicas: pós-graduação em Estudos Culturais Comparados na Universidade Jean Moulin de Lyon, com duração de dez meses e custo de 250 euros. Mestrado em Nanotecnologia na Universidade de Lyon com duração de dois anos e 500 euros anuais, incluindo seguro saúde.

República Tcheca

O estudo gratuito é concedido a quem domina o idioma local, mas, se você não é um deles, precisará desembolsar com mensalidades que variarão conforme o curso e a língua em que for ministrado.

Instituições públicas e privadas podem cobrar, aproximadamente, 1.000 euros semestrais. Outros valores cobrados se referem a taxas de inscrição.

Dinamarca

O país também não é muito fácil para estudar gratuitamente. Esse benefício é concedido a cidadãos suíços ou da União Europeia e, para estrangeiros, estar inscrito em um programa de intercâmbio.

Aqueles que possuem visto válido de residência ou, ainda, de reagrupamento com familiares legais com visto de trabalho podem ser isentos de mensalidades.

Se o estudante não se encaixa em nenhum destes requisitos, a mensalidade pode variar conforme o curso. Normalmente, fica entre 6 mil e 16 mil euros anuais.

Eslovênia

Por que não, Eslovênia? Este país pouco conhecido entre os brasileiros fica entre a Itália e Croácia e tem, nada menos, que cerca de 150 programas em inglês com preços bem camaradas. As opções incluem graduação, mestrado e doutorado.

Os valores anuais ficam entre 2 mil e 5 mil euros para graduação e mestrado. Candidatos a doutores podem desembolsar entre 3 mil e 12 mil euros por ano. Outra vantagem é quanto ao custo de vida. Os estudantes eslovenos gastam, em média, 600 euros mensais com despesas.

Dica: mestrado em Justiça Criminal e Segurança na Universidade de Maribor a 2.300 anuais com duração de dois anos.

Finlândia

Sim, a terra do Papai Noel aparece entre opções interessantíssimas para estudar fora. Além disso, o país está entre os que oferecem as melhores qualidades de vida e ensino no mundo.

Até 2017, o ensino finlandês era gratuito. Porém, cursos de bacharelado e mestrado em Inglês passaram a cobrar anuidade mínima de até 1.500 euros. Doutorados permanecem gratuitos.

O valor máximo não foi estabelecido, portanto, o candidato deve verificar entre as instituições. Mas, se você se arriscar no idioma local, conseguirá fazer seus estudos gratuitamente. Se achar muito difícil (e é compreensível), várias opções de bolsas oferecidas a estudantes estrangeiros podem custear desde a anuidade até despesas mensais.

Dica: mestrado em Arquitetura na Tampere University of Technology.

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